Alcoa inaugura mina de bauxita em Juruti
17/09/09
Uma programação espe-cial, realizada na manhã de ontem, marcou a inauguração das instalações da mina de bauxita da Alcoa no município de Juruti, no Oeste do Pará. A cerimônia contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, do presidente da Alcoa América Latina e Caribe, Franklin Feder, e do prefeito de Juruti, Henrique Costa. Participaram do evento, como convidados especiais da Alcoa, o diretor-presidente do DIÁRIO, Jader Barbalho Filho, e o diretor da RBA, Camilo Centeno.De acordo com o ministro Edison Lobão, o governo pensa em instalar mais empresas no país, com o objetivo de que elas gerem riquezas para a população. ?Com a empresa ganhando, o Estado ganha e, com isso, o povo brasileiro ganha também?, disse Lobão, destacando que a instalação da Alcoa se consolida como importante alavanca para o crescimento econômico do país.Segundo o ministro, a Alcoa vai produzir minério especialmente para servir a Alumar, em São Luís, onde será feita a transformação da bauxita em alumínio, para em seguida suprir a demanda internacional e também para o consumo interno do Brasil, servindo como braço da indústria sediada no Maranhão. ?Espero que a energia de Belo Monte possa suprir a demanda da Alcoa e das demais indústrias do Pará?, adiantou o ministro, afirmando que a construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, já está consolidada, pois o processo de licitação para o início das obras deve acontecer no mês de novembro próximo. ?Espero que não evoluam os embaraços ambientais que estão sendo criados. Não se trata de uma obra para prejudicar, mas para beneficiar o Pará e o Brasil?, confirmou.Já a governadora Ana Júlia assegurou que cerca de 25% da energia produzida na usina de Belo Monte ficarão no Pará, onde parte dela irá beneficiar os produtores locais. A outra servirá para suprir as necessidades da instalação de uma futura empresa de transformação do minério de Juruti. ?Com isso vamos gerar emprego e renda para a população do Oeste do Pará?, observou a governadora, destacando que o Estado terá que garantir que cerca de 25% da produção de Belo Monte sejam destinados aos produtores locais, além de servir para transformar a bauxita em alumínio.EMPREGOSDurante a fase de implantação, a Alcoa gerou cerca de 9,5 mil empregos, mantendo média de 80% de funcionários paraenses, dos quais 30% moradores de Juruti, onde o Programa de Qualificação Profissional da Mina de Juruti contribuiu para a formação de mão-de-obra, com a capacitação de mais de 2,5 mil pessoas para as necessidades do empreendimento e do próprio mercado local e regional. Para minerar e transportar 2,6 milhões de toneladas anuais da reserva de Juruti, o empreendimento foi dividido em quatro setores, entre os quais a área de lavra ou mineração, a planta de beneficiamento, uma ferrovia e uma rodovia (de aproximadamente 55 quilômetros cada), além de um terminal portuário. >> Royalties beneficiam moradoresDe acordo com o gerente geral da construção da mina de Juruti, Tiniti Matsumoto, os royalties da extração da bauxita serão entregues diretamente para a Associação das Comunidades de Juruti Velha (Acorjuve), cuja entidade representa todos os vilarejos daquela região. Ele explica que os royalties de toda lavra que for feita dentro do Projeto Agroextrativista (PAE) Juruti Velho serão repassados à Acorjuve. Quanto à lavra que será feita em outras regiões de Juruti, os royalties serão destinados aos proprietários das respectivas áreas. ?A Acorjuve tem a responsabilidade de fazer a distribuição para todos os comunitários daquele PAE?, explicou Tiniti, acrescentando que a Prefeitura de Juruti terá participação em outro imposto sobre a extração mineral, a CFEM -Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais. ?Os royalties irão especificamente para os comunitários?, garantiu. Para o prefeito de Juruti, Henrique Costa, o dia 15 de setembro de 2009 se materializa como data de grande importância para o futuro do município, principalmente por ter resultado em nova etapa depois de momentos angustiantes na fase de implantação do projeto. O prefeito destacou que o Projeto Mina de Juruti virou realidade, transformando a data num momento histórico para a população jurutiense. ?Imaginar o município sem o projeto seria impensável que a licença não fosse concedida e que o início da lavra não acontecesse. Por isso, esta data representa um marco histórico para a gente?, destacou Henrique Costa. (Diário do Pará)
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