Alcoa Alumínio condiciona nova unidade no Pará ao preço da energia
20/05/10
A Alcoa Alumínio SA avalia a possibilidade de implantar nova unidade de redução de alumina em alumínio primário no Pará, segundo o presidente da empresa no Brasil, Franklin Lee Feder. Os investimentos na nova unidade somariam cerca de US$ 3 bilhões, considerando US$ 10 mil por tonelada e capacidade de produção de 300 mil toneladas.
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A decisão sobre fazer ou não o investimento dependerá de a empresa conseguir energia a preço competitivo, que, na avaliação do executivo, seria da ordem de US$ 25 por MWh. ?Energia é uma questão crucial para a indústria do alumínio. Temos conversado com o governo, e estamos otimistas?, disse.
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Se a Alcoa optar por instalar nova unidade de produção de alumínio primário, poderá buscar participação em Belo Monte, como autoprodutora. ?Estamos concluindo duas hidrelétricas. A unidade de Serra do Facão começou a produzir energia recentemente e a de Estreito dará início às suas atividades em fevereiro de 2011″, revelou.
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Mas as conversas com o governo sobre o preço da energia ultrapassam a discussão sobre ter ou não uma nova unidade de alumínio primário no País. A matriz da empresa vem solicitando estudos a respeito do fechamento de unidades no Norte do Brasil. ?Nossa unidade em São Luís (MA) está entre as mais caras do sistema Alcoa em todo o mundo?, afirmou Lee Feder. A opção pelo fechamento de unidades dependerá da oferta de energia e do preço do alumínio.
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?Teríamos fechado a unidade de Poços de Caldas (MG) se não fôssemos autoprodutores?, disse. O Brasil responde por uma parcela de 20% a 25% do total dos ativos de alumínio da Alcoa no mundo. Segundo o executivo, a Alcoa tem buscado investimentos no Oriente Médio, principalmente na Arábia Saudita, onde o preço da energia é mais competitivo.
Agência Estado