01/09/08

Os produtores de soja e algodão do Mato Grosso querem alcançar a auto-suficiência logística e otimização dos custos de suas produções. Um exemplo é a Associação dos Produtores de Soja do Estado (A pro soja), que, em parceria com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), iniciou uma nova fase da prospecção de fósforo na região, visando à exploração e produção própria de fertilizantes.Após um ano de pesquisa, as cooperativas começaram nesta semana a perfuração do solo para detectar a existência do minério em até 200 metros de profundidade, numa área de 600 mil hectares. “Até o final do ano vamos concluir as perfurações e ter os primeiros dados de concretos”, afirmou Glauber Silveira, presidente da A pro soja.O custo inicial das pesquisas será da ordem de R$ 6 milhões, bancados pelos próprios produtores. “Não queremos dar a concessão da exploração para uma multinacional. Não adianta descobrir a mina, recolher royalties e o produtor continuar arcando com o alto custo dos fertilizantes”, disse Silveira. Caso a presença do fósforo se confirme, a idéia das associações idéia é criar uma empresa na qual todos os produtores tenham ações. A iniciativa, segundo Silveira, conta com o apoio dos Ministérios da Agricultura e do Planejamento, que avaliam, inclusive, o repasse de R$ 1,5 milhão para o projeto, ainda nesta primeira etapa de exploração.Ao mesmo tempo, acontece hoje, em Cuiabá, uma reunião para tratar da construção de uma ferrovia no estado. O objetivo dos produtores é montar uma sociedade para participar do processo de licitação do empreendimento.Priscila Machado

DCI