IBRAM fala sobre perspectivas da mineração durante o Simexmin 2022
30/11/22
O futuro do setor mineral brasileiro e as perspectivas dos setores público e privado foram tema de debate durante a 10ª edição do Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (Simexmin 2022), organizado pela Agência para Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), em Ouro Preto (MG), entre os dias 27 e 30 de novembro.
O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Julio Nery, palestrante do painel, reforçou as mudanças da mineração e a atuação do setor público que contribuíram para o crescimento do setor nos últimos anos. “É notável como a indústria mineral passou rapidamente por mudanças, principalmente a partir de 2017. E não deixaria de destacar a atuação do setor público para esse crescimento. Mudanças no ambiente regulatório, no Código de Mineração, a criação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e a melhor compreensão de outros órgãos do executivo de Minas Gerais e federal para a atividade de mineração contribuíram para o desenvolvimento da indústria mineral”.
No setor privado, Nery destacou os investimentos em boas práticas de ESG para alavancar a mineração. “Vemos as vantagens competitivas ao investir no aprimoramento de suas políticas corporativas, ao adotar paulatinamente ações voltadas ao que hoje se costuma rotular pela sigla ESG, um conjunto de boas práticas em responsabilidade ambiental, social e em governança”, avaliou.
O diretor do IBRAM apresentou os projetos e ações do Instituto em prol da mineração brasileira, como a criação do Mining Hub, o aplicativo PROX, a Rede Invest Mining e a Agenda ESG da Mineração. “O IBRAM defende um modelo de mineração mais sustentável, inclusivo, por meio da colaboração tanto internamente ao setor quanto com as demais partes interessadas”.
Nery reforçou que o Instituto trabalha para o desenvolvimento de um ambiente de negócios transparente e com segurança jurídica. “Muito já foi feito neste sentido, mas ainda temos desafios importantes a serem encarados, tais como as ilicitudes no comércio do ouro, as restrições existentes em faixas de fronteiras e a mineração em terras indígenas, a criação de um mercado de capitais para empresas juniores de pesquisa em nosso país”, avaliou.
O painel contou com a moderação do Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), Luis Mauricio Azevedo, e participação da Secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Lilia Mascarenhas Sant´Agostino, do deputado federal Sandro Mabel e do diretor da ANM, Guilherme Santana Lopes Gomes.