Planejamento e pesquisas são fundamentais para o descomissionamento de áreas mineradas
14/09/22
Durante painel da EXPOSIBRAM 2022, especialistas discutiram os desafios de se fazer esse processo e apresentaram como suas empresas têm se comportado em relação ao assunto
Além de ser uma obrigação constitucional, a recuperação de áreas é uma preocupação cada vez maior das mineradoras. “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei”, determina o inciso VII, capitulo 2º, do artigo 225 da Constituição Federal.
Deste modo, durante um dos painéis da EXPOSIBRAM 2022, especialistas discutiram os desafios de se fazer esse processo e apresentaram como suas empresas têm lidado com a recuperação das áreas mineradas.
Rogério Vasconcellos, coordenador de Preservação e Recuperação Ambiental da Anglo American no Brasil, explicou que a empresa insere o Plano de Recuperação Ambiental já no início do projeto de mineração: “À medida que avançamos na mineração já estamos pensando no descomissionamento e na recuperação da área, e isso começa em paralelo ao projeto de extração”, disse. Ele explicou que entre as ações da Anglo American estão a conversão de áreas de pastagem em áreas de floresta e o desenvolvimento de mudas em viveiro próprio da empresa.
A mentalidade é a mesma na Copelmi Mineração, que realiza extração de carvão no Rio Grande do Sul. “O plano de fechamento de mina e o de recuperação ambiental são processos vivos. É muito importante trabalhar com prevenção de danos, pois, quanto menos for degradado, menos terá de ser recuperado”, analisa Cristiano Weber, gerente de Sustentabilidade da empresa. “As ações de reabilitação ambiental devem acontecer desde o início do projeto”, completa.
Entretanto, realizar a recuperação de áreas mineradas, exige planejamento. Rodrigo Dutra Amaral, diretor de Sustentabilidade da J&F Mineração, ressalta que cada caso precisa ser estudado para que as ações de descomissionamento sejam assertivas. “Na recuperação ambiental, não existe receita de bolo. Portanto, essa obrigação não pode ser um evento, mas sim um processo bem planejado”.
Por isso, a reabilitação de áreas degradas pela mineração passa por pesquisa e desenvolvimento de técnicas. Na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais estudos são realizados nesse sentido. “As pesquisas transformaram a utopia da restauração ambiental em realidade”, disse Valéria Lúcia de Oliveira Freitas, pesquisadora da pasta, demonstrando diversos exemplos de recuperação realizadas com ajuda de pesquisa em diferentes regiões do estado.
Sobre a EXPOSIBRAM 2022
Considerada um dos maiores eventos de mineração da América Latina, a EXPOSIBRAM reúne a cadeia produtiva da mineração que participa ativamente com as principais companhias mineradoras com atuação global e nacional, fornecedores de máquinas, equipamentos e serviços, representantes de instituições de pesquisa e universidades, delegações empresariais e governamentais de diversas nações, entidades de classe, empresas e autarquias ligadas ao setor público, além de importantes executivos e especialistas de vários segmentos para a discussão de temas relacionados à indústria mineral nacional e internacional, em um só lugar.
A área da exposição contará com mais de 13 mil m² de estandes. No espaço, serão apresentadas as principais tendências em tecnologia, equipamentos, softwares e outros produtos ligados à indústria mineral, além de dados sobre investimentos, projetos minerários, entre outros assuntos.
Realizado em paralelo à exposição, o Congresso Brasileiro de Mineração atrai a cada edição mais de 1300 participantes entre especialistas, pesquisadores, estudantes e representantes de empresas. A programação contará com palestras, debates, talk-shows com temas de contexto político, socioeconômico global, perspectivas para negócios, tecnologia e inovações, meio ambiente, investimentos, entre diversas outras temáticas.
Patrocínios da EXPOSIBRAM
Figuram como patrocinadores do evento o Grupo AIZ (Diamante), Vale (Diamante), Anglo American (Platina), BHP (Platina), AngloGold Ashanti (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Companhia Brasileira de Alumínio – CBA (Prata), Casa dos Ventos (Prata), Mineração Usiminas (Prata), ArcelorMittal (Gestão de Resíduos), Alcoa (Bronze), Appian Capital Brazil (Bronze), BAMIN (Bronze), Cardiesel – Minas Máquinas (Bronze), Gerdau (Bronze), Geocontrole (Bronze), Geosol (Bronze), Mineração Taboca (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), Samarco (Bronze), Sany – Irmen (Bronze), Tracbel (Bronze), Walm Engenharia (Bronze), e XCMG (Bronze).
Apoio Institucional
Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (abm), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Minas (ABREMI), Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (Anepac),Fundação Dom Cabral (FDC), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Serviço Geológico do Brasil (SGB – CPRM), Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra), Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral), Sindicato da Indústria de Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer) e Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Sinferbase).
Apoio Oficial
Podcast Wepod.
Apoio editorial
A EXPOSIBRAM 2022 conta até o momento com o apoio editorial da revistas Brasil Mineral, Eae Máquinas, In The Mine, Mineração & Sustentabilidade, Minérios & Minerales, Areia & Brita, Amazônia, além dos sites BN Americas, Conexão Mineral, ClimaTempo, Notícias de Mineração Brasil, Notícia Sustentável e Panorama Minero.
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