Projetos Tocantinzinho e Boa Esperança são apresentados em evento no Pará
21/06/22
Os novos projetos de mineração no Pará, Tocantinzinho e Boa Esperança, foram detalhados na tarde desta segunda-feira (20/6) em Belém (PA), durante o seminário “Pará: oportunidades de investimento no setor mineral”.
O projeto Tocantinzinho envolve uma área na província de Tapajós, no estado do Pará, a cerca de 200 km ao sul-sudoeste da cidade de Itaituba, a 108 km do distrito de Morais Almeida e a 1150 km a sudeste de Belém. Segundo Lincoln Silva, diretor-presidente da GMinining Ventures Corp, este projeto é considerado um ativo de ouro de alta qualidade. “O Tocantinzinho tem cerca de 2 milhões de onças de reservas e mais de 700 km quadrados de terreno entre licenças de exploração e conservação de lavras. Sendo que apenas 5% dessa área foi testada em termos de sondagem e pesquisa”, explicou.
Ele informou que foi feito um estudo de viabilidade do projeto bastante positivo, concluído em fevereiro de 2022. “Esta é uma operação simples, uma mina a céu aberto, com planta convencional para 12.700 toneladas por dia de produção, demandando um investimento U$S 458 milhões, para uma produção de 1.834.000 de onças durante 10 a 11 anos de vida útil da mina”, afirmou.
O diretor-presidente da GMinining Ventures Corp disse ainda que o Projeto pretende gerar cerca de 1200 empregos durante o pico das operações e uma média de 650 empregos diretos de alta qualidade durante todo o período de produção.
O projeto Boa Esperança de Cobre, da Ero Copper, localizado no município de Tucumã, estado do Pará, também foi apresentado durante o seminário pelo gerente de geologia da empresa, José Guilherme. Segundo ele, a implantação do projeto tem um investimento previsto de US$ 294 milhões, contribuindo com a economia local, geração de emprego e renda e aumento de arrecadação de impostos para o estado.
“O projeto Boa Esperança está no portfólio da Ero Copper desde 2008, quando foi adquirido os direitos minerários da Codelco do Brasil. Em 2012 nós avançámos com a obtenção da licença prévia. Depois de um longo período de inatividade retomamos o projeto em 2021 com atualização do nosso estudo de viabilidade e, neste mesmo ano, conseguimos a licença de instalação. Em 2022 obtivemos a portaria de lavra emitida pela Agência Nacional de Mineração (ANM)”, explicou.
Segundo José Guilherme, a lavra deverá ser feita a céu aberto e o tempo de vida útil previsto para a mina é de 12 anos. As obras de infraestrutura necessárias para o desenvolvimento do projeto já se iniciaram em maio deste ano. “Nós assumimos um compromisso com o desenvolvimento da região cuidando das comunidades, do meio ambiente e fomentando parceria estratégicas com empresariado local. A gente entende que ao apoiar a mineração e mercado de cobre contribuímos com o crescimento de soluções energéticas mais modernas e eficientes”, ressaltou o gerente de geologia Ero Copper.
O painel foi mediado por Lilia Mascarenhas Sant’agostino, secretária adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia.
O seminário é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o Governo do Estado do Pará e o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (SIMINERAL), com patrocínio da Vale e apoio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA).
O conteúdo está disponível no Canal do Youtube do IBRAM: Clique aqui para rever o Seminário.
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