IBRAM organiza 2º treinamento de implantação do TSM no Brasil
20/04/22
A gestão de água é um componente fundamental nas operações de mineração. Ela deve ser manejada com uma visão de longo prazo a fim de garantir uma condução segura e ambientalmente responsável. A temática foi pauta da segunda oficina de treinamento de implantação do programa do Towards Sustainable Mining -TSM no Brasil, desenvolvido pela Mining Association of Canada/Associação de Mineração do Canadá (MAC). O encontro on-line, ocorrido nesta 4a feira (20/4), teve como objetivo apresentar o conjunto de possibilidades da ferramenta, além de mostrar o seu funcionamento e etapas operacionais utilizando o protocolo de Gestão de Água.
A diretora do Programa TSM da MAC, Katherine Gosselin, apresentou o que são e explicou os indicadores sugeridos neste protocolo do TSM. “Para iniciar essa gestão de forma eficaz, é necessário aplicar uma governança corporativa forte e transparente”, explica.
Durante a oficina, Katherine exibiu os quatro indicadores deste protocolo e seus critérios. São eles: 1- Governança de água, 2- Gestão operacional da água, 3 – Planejamento em escala de bacia hidrográfica e 4 – Desempenho e relatórios de águas.
Segundo ela, o primeiro traz critérios com compromisso demonstrado da alta administração com a temática, o engajamento e a compreensão dos funcionários e comunidades em relação à utilização da água e os papéis e responsabilidades para a gestão operacional da água. O segundo indicador apresenta uma abordagem sistemática para a gestão operacional da água, incluindo o balanço hídrico da instalação, incorporando dados de monitoramento. Além disso, ela explica a necessidade de implementar um programa de monitoramento de água abordando águas superficiais e subterrâneas, incluindo parâmetros de qualidade e quantidade de água e informando os riscos identificados.
No terceiro indicador, segundo a diretora do Programa TSM da MAC, é importante promover o engajamento da comunidade de interesse (COI) para garantir a boa governança na bacia e os usos dos recursos hídricos, buscando informações sobre práticas locais relacionadas à água, crenças, costumes, conhecimento tradicional etc.
Katherine Gosselin também comentou sobre o quarto indicador. “Neste caso, é necessário criar relatórios que incluam o desempenho em relação aos objetivos e metas estabelecidos no projeto”.
Além de diversos representantes de empresas do setor mineral, também participaram do encontro o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Julio Nery, e a gerente de Sustentabilidade do IBRAM, Claudia Salles. Na oficina também foram feitos exercícios práticos para melhor entendimento dos participantes.
Sobre o TSM no Brasil
No Brasil, o IBRAM adotou o TSM em 2019. Ele orienta e apoia empresas de mineração no gerenciamento de riscos ambientais e sociais. O IBRAM traduziu todos os protocolos para o português e está no processo de contratação de uma consultoria para adequá-los à realidade brasileira, assim como foi feito em outros países.
O TSM Brasil, combinado ao cumprimento das metas estabelecidas na Agenda ESG Mineração do Brasil, na visão do IBRAM, vai promover uma intensa transformação positiva no desempenho da mineração do Brasil em termos de sustentabilidade e segurança operacional.