Mineração ganhou guia para gerir recursos hídricos
29/11/06
A indústria da mineração tem contabilizado sensíveis ganhos (afora o de produtividade), como o de imagem, a partir do desenvolvimento e aplicação de tecnologia de ponta para gerenciar seu negócio. Entre os diversos aspectos da administração destaca-se a gestão dos recursos hídricos pelas mineradoras.
Isso porque quando uma indústria, seja ela de qual área for, tem sua produção diretamente ligada aos recursos naturais, carrega consigo estigmas que a colocam como a vilã do meio ambiente. O desconhecimento dos níveis de modernidade e de compromisso com o desenvolvimento sustentável atingidos pelo setor mineral motiva responde por grande parcela de responsabilidade para o desenho deste quadro.
Uma publicação técnica, que chega este mês aos institutos de pesquisa, à indústria da mineração, às empresas públicas e privadas que têm a água como fonte de negócios, ongs, centros acadêmicos e bibliotecas em geral oferece aos leitores, das mais variadas formações acadêmicas (inclusive leigos no assunto), relatos de casos de amplo sucesso na gestão da água por pequenas, médias e grandes corporações da área de mineração.
A obra A Gestão de Recursos Hídricos e a Mineração pretende ser uma referência para que todo o setor de mineração se engaje nessa empreitada de aperfeiçoar as técnicas de gerenciamento da água.
Para que isso ocorra, o IBRAM ? Instituto Brasileiro de Mineração e a ANA ? Agência Nacional de Águas se reuniram em parceria inédita para organizar o trabalho técnico, bem como promover Brasil afora os exemplos coletados pelos pesquisadores. São ações de reuso de água, tratamento de efluentes, entre tantas, todas adequadas à lei federal n/ 9.433/1997, também conhecida como Lei das Águas. Essa legislação estabeleceu o conceito em definitivo de que água é um bem finito e que pode ser aproveitado economicamente. Além disso, alterou a tradição centralizadora do Estado no gerenciamento desse recurso natural, substituindo a figura do comando e controle estatal pelo planejamento com gestão participativa de estados, municípios, empresas e usuários.
Há na obra casos emblemáticos de companhias como Vale do Rio Doce, Votorantim Metais, Samarco, MBR, Rio Paracatu, mas também de empresas de pequeno porte, como as que atuam no segmento de rochas ornamentais (mármore e granito) no Espírito Santo, as mineradoras de agregados para a construção civil, que agem praticamente dentro das cidades. O livro relata o caso da Mina do Trevo, em Santa Catarina, que adota um projeto de recuperação ambiental com ampla participação da comunidade; já a Sical Industrial, em Minas Gerais, conduz a gestão ambiental e de recursos hídricos em uma mina de quartzito.
O trabalho evidencia parcerias que podem ser replicadas em qualquer parte do País, envolvendo universidades, comunidades, cooperativas de empresas, instituições técnicas e de pesquisa, entidades de classe, entre outras.
Assessoria de Imprensa – IBRAM