Novelis decide ficar com ativos de alumínio primário
17/11/06
Patrícia Nakamura
17/11/2006
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Depois de sete meses de tentativas, a Novelis decidiu cancelar a venda de seus ativos ligados à produção de alumínio primário e energia no país. “Concluímos ser mais vantajoso manter essas operações, diante das oscilações do preço do alumínio na London Metal Exchange (LME) do que vender os ativos pelas condições apresentadas pelos eventuais interessados”, afirmou ao Valor Antonio Tadeu Coelho Nardocci, presidente da Novelis do Brasil. A decisão de permanecer com os ativos, segundo o executivo, foi tomada em consenso entre a matriz e a filial brasileira.
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Dessa forma, a subsidiária brasileira será a única entre as operações globais da Novelis a contar com fonte própria de alumínio primário. No mundo todo a empresa organizou uma maciça venda de ativos não ligados a sua principal atividade (laminação de alumínio) para abater dívidas de US$ 2,9 bilhões oriundas de sua criação, em 2005. Até o segundo trimestre deste ano, os débitos foram reduzidos em US$ 500 milhões.
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No Brasil, a operação de desinvestimento era coordenada pelo Itaú BBA. O data room foi visitado por 19 empresas, segundo a Novelis. No início do mês foram vendidas a participação no projeto hidrelétrico Caçu-Barra dos Coqueiros, em Goiás, para a Açominas, empresa do grupo Gerdau, e a participação da Novelis na Petrocoque, produtora de coque calcinado para a indústria de alumínio. A fatia de 25% da Novelis na empresa foi dividida entre os demais sócios (CBA, Petroquisa e Grupo Universal). Os negócios alcançaram US$ 35 milhões.
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Ainda estavam à venda a unidade de alumínio primário de Aratu, na Bahia, e da usina integrada (que inclui mina de bauxita, produção de alumina e alumínio primário) em Ouro Preto, diversas reservas e direitos minerários de bauxita em Minas Gerais, sua participação de 50% na Usina Risoleta Neves (antiga Candonga) e outras oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Todos esses ativos estavam reunidos num único pacote, sob o chapéu da recém-criada subsidiária Albrasilis.
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Pelo menos oito companhias tinham interesse pelo pacote até esta semana. Fontes que acompanham o setor apontam entre os finalistas a americana Alcoa; a Glencore, da Suíça; e a norueguesa Norsk Hydro.
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O preço desses ativos não foi informado por Nardocci, mas fontes afirmaram que a venda poderia ser prejudicada por conta da idade dos equipamentos instalados nas fundições. E que a venda teria mais êxito se as operações fossem vendidas isoladamente. No início do mês, Cláudio Campos, diretor de relações institucionais da empresa, afirmou que “a venda de todos esses ativos reunidos faz mais sentido ao futuro comprador e traz mais valor ao negócio. Não havia sentido vender as unidades separadamente, uma vez que estão integradas no processo de produção”.
Valor Econômico