Suape tem 3ª melhor avaliação entre portos
31/07/07
Segundo estudo realizado pela UFRJ, Suape ficou atrás dos portos administrados pela Vale do Rio Doce em Itaqui, no Maranhão, e Tubarão, no Espírito Santo. Os três foram considerados excelentes O Porto de Suape obteve a terceira maior nota e a classificação de excelente no Diagnóstico dos Portos Brasileiros elaborado pela Centro de Estudos em Logística da Coppead da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Suape obteve a nota de 8,3. A liderança ficou com o terminal Ponta da Madeira, que é operado em Itaqui, no Maranhão. Ele teve a nota 9,3. O porto que obteve o segundo lugar foi o Porto de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo. Os três portos que obtiveram as maiores notas foram considerados excelentes. Com exceção de Suape, os outros dois são privados e administrados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O estudo levou em consideração os acessos terrestre e marítimos dos portos. O terminal de Ponta da Madeira é o único brasileiro capaz de receber o maior navio graneleiro do mundo, o Berge Stahl, de bandeira norueguesa. A embarcação pode transportar 364,7 mil toneladas, o que exige um calado (profundidade da área de atracação) entre 18 e 23 metros. É um dos portos de maior profundidade no mundo. As principais cargas movimentadas naquele porto são ferro gusa, soja em grãos, minérios de ferro e manganês. O Porto de Suape tem 14,5 metros de calado. Grande parte das operações são privadas, mas quase todo o investimento feito na sua infra-estrutura usou recursos públicos, com exceção das empresas que se instalaram no local, como por exemplo o Terminal de Contêineres (Tecon-Suape) que comprou equipamentos e arrendou uma área, realizando investimentos com recursos privados para realizar a movimentação de contêineres. O estudo também mostra que portos de grande movimentação, como o de Santos, estão com a sua infra-estrutura precária. Responsável por 26% do comércio exterior brasileiro, o porto paulista tirou 5,7 no estudo e classificado como o quarto pior. O Porto de Fortaleza, no Ceará, obteve a mesma nota (5,7) e o de Vitória 5,4, enquanto o de Salvador (na Bahia) ficou com 5,1 e foi considerado o pior porto, entre os 18 que são citados no estudo. Os quatro foram classificados ruins. INVESTIMENTO A grande maioria dos portos brasileiros ainda depende dos recursos públicos para melhorar a sua infra-estrutura. O diagnóstico mostra que o investimento público nos portos foi pequeno, com uma média de R$ 187,8 milhões entre os anos de 1995 e 2005. Ainda em 2005, os portos receberam somente 5,6% dos investimentos totais feitos pelo Ministério dos Transportes. O estudo foi feito levando em conta a opinião de executivos de cerca de 300 empresas exportadoras, armadores (que são os donos das linhas de navegação) e das agências marítimas. As principais queixas de executivos que atuam no setor foram a burocracia e os acessos aos portos. O estudo também diz que o custo da ineficiência burocrática brasileira em 2006 foi de US$ 333,37 milhões.
Jornal do Commércio – PE