26/07/07

Rio e Maputo – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou ontem que construirá em parceria com a norueguesa Hydro uma nova refinaria de alumínio, no Pará. Com capacidade prevista de 7,4 milhões de toneladas anuais, a unidade será construída em quatro etapas. Na primeira fase, com capacidade estimada em 1,85 milhão de toneladas, o investimento poderá ficar em US$ 1 bilhão, segundo expectativas de analistas. Responsável por 12% da receita da Companhia Vale do Rio Doce, o alumínio tem investimentos de US$ 815 milhões neste ano, de acordo com o plano de negócios da companhia. A construção está prevista para começar em meados de 2008, após a aprovação final pelo Conselho de Administração da Vale. A Hydro terá participação de 20% no projeto e possui o direito de participar em futuras expansões da refinaria, informaram as empresas. A CVRD fornecerá a bauxita para a nova refinaria através de sua mina de Paragominas. Atualmente, Paragominas fornece parte da necessidade de bauxita da Alunorte através de um mineroduto de 244 quilômetros de extensão, que liga a mina à refinaria. A Vale (57%) e a Hydro (34%) são acionistas da Alunorte, a maior refinaria de alumina do mundo. “Esta iniciativa é consistente com a estratégia da CVRD de priorizar a produção de bauxita e alumina. O foco estratégico no “upstream” da cadeia de alumínio é fortemente apoiado nas vantagens competitivas da CVRD derivadas do desenvolvimento de grandes reservas de bauxita de alta qualidade, operações de alumina de classe mundial e estrutura logística de altamente eficiente”, disse a empresa em nota ao mercado. A atuação da CVRD no setor ocorre através de participações em unidades industriais estrategicamente localizadas em relação aos seus mercados e fontes de insumo ? Albras – Alumínio Brasileiro S.A. (Albras), Valesul Alumínio S.A. (Valesul), Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A. (Alunorte), Mineração Rio do Norte S.A. (MRN) ? e através da mina de bauxita de Paragominas, 100% CVRD. Moçambique A Vale planeja gastar US$ 30 milhões para transferir 1,2 mil família que ocupam a região da mina Moatize, abrindo caminho para o desenvolvimento do projeto, informou um jornal ontem. Parte do dinheiro será usado para prover moradia, saneamento, escolas e fornecimento de água às famílias de Moatize.

Reuters