Villagres investe e adota modelo de cerâmica catarinense
27/06/07
Yan Boechat27/06/2007
A paulista Villagres, fabricante anual de 7,2 milhões de metros quadrados de revestimento cerâmico, está investindo R$ 20 milhões para ficar com a cara das tradicionais empresas catarinense de cerâmica, referências do setor no Brasil. Desde o ano passado a companhia vem adquirindo novo maquinário, ampliando sua capacidade e tornando seu processo produtivo cada vez mais industrializado. O ciclo de transformação da empresa, localizado no pólo paulista de Santa Gertrudes, termina no final desse ano, quando a empresa passará a produzir mensalmente 50 mil metros quadrados de porcelanato, o produto de maior valor agregado do setor cerâmico.
“Queremos, cada vez mais, ter uma linha de produção nos mesmos moldes das companhias catarinenses, que hoje lideram o mercado com um produto nobre”, diz José Abondanza, diretor comercial da Villagres. Seguindo essa estratégia, a empresa passou a estreitar os contatos com grandes incorporadoras e construtoras, para atendê-las diretamente. Hoje, 30% da produção vai para o segmento de engenharia.
Com o início da produção do porcelanato, a Villagres pretende ampliar ainda mais a participação do segmento corporativo em suas vendas. Por ser um produto com tecnologia avançada, poucas perdas e de maior qualidade, a empresa acredita que poderá ver seu faturamento anual de R$ 90 milhões crescer 15% apenas com a entrada no novo segmento. “Há muito mais tecnologia, mais design e isso faz com que haja mais valor agregado ao produto”, diz Abondanza, que afirma que a Villagres será a única empresa do pólo de Santa Gertrudes a fabricar porcelanato.
Por conta disso, a expectativa da empresa é de que os clientes corporativos, em especial as grandes incorporadoras, respondam por até 50% das vendas a médio prazo. Essa semana a companhia inaugurou um show room de seus produtos na capital paulista direcionada exatamente para as construtoras. “O mercado está em expansão e estamos nos modernizando para ser escolhidos por essas empresas”, afirma o diretor, que garante já ter fechado contratos com a FIT, marca popular da Gafisa, e a Odebrecht para fornecimento de revestimentos cerâmicos. “O varejo é importante, mas queremos crescer junto as empresas do mercado imobiliário.”
Valor Econômico