Alcoa amplia alvos de investimento
19/06/07
São Paulo, 19 de Junho de 2007 – Fábrica em Minas Gerais reduzirá a emissão de gases que provocam o efeito estufa. `Temos um impacto positivo e outro negativo onde trabalhamos. O lado negativo também precisa ser reconhecido e trabalhado`, destacou Anita Roper, diretora mundial de sustentabilidade da Alcoa, ao participar do 10º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, realizado recentemente em São Paulo. Ela apresentou o modelo estratégico de sustentabilidade da empresa, que pela terceira vez consecutiva foi eleita, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, entre as companhias mais sustentáveis do mundo. A Alcoa integra também o Índice Dow Jones de Sustentabilidade.
O relatório de sustentabilidade 2005/2006 foi publicado este ano pela empresa, líder mundial na produção e transformação de alumínio, com atuação em 44 países e 120 mil empregados. A Alcoa Alumínio está no Brasil há 42 anos.
O documento ainda apresenta a importância da comunicação para gerar benefícios de longo prazo para os acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e comunidades onde a Alcoa atua.
Segundo Anita, a sustentabilidade se apóia nas áreas ambiental, social e econômica. Mas é preciso definir o que é investimento em ações sustentáveis e perceber que isto envolve várias questões, como investimento em pessoal, nas comunidades, no meio ambiente e em tudo que está ao redor da empresa. `É o grande desafio dentro de uma realidade de mercado, que mudou bastante, pela transparência que o tema tem hoje`, observa.
Entre as preocupações ambientais, a questão climática é vista pela Alcoa como fundamental. A fábrica de Poços de Caldas (MG), por exemplo, desenvolve um projeto de modernização tecnológica para diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Investimentos A Fundação Alcoa anunciou recentemente um programa de US$ 8,6 milhões para pesquisas científicas sobre preservação e sustentabilidade. Cinco universidades serão apoiadas, em vários países. Entre elas, a Universidade de São Paulo (USP), que receberá US$ 800 mil para projetos do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), inaugurado em 2006. A fundação também mantém parcerias com universidades do Maranhão, Minas Gerais e Santa Catarina.
Para a direção da Alcoa, o Brasil é um país de carências sociais inversamente proporcionais à riqueza de seus recursos naturais. Essa combinação deve ser um ponto de partida para se pensar em sustentabilidade e sair do dilema conservar ou desenvolver, poluir ou deixar intacto. O melhor caminho, segundo a empresa, é ultrapassar esse dilema e encontrar pontos convergentes, definindo o limite de intervenção aceitável para o País se desenvolver.
Um exemplo neste sentido é a atuação da empresa em dois parques ambientais, mantidos voluntariamente em Minas Gerais e no Maranhão. Nestes locais há palestras, oficinas de educação ambiental para crianças, desenvolvimento de projetos com universidades e passeios em trilhas ecológicas.
Amazônia A Alcoa tem um novo empreendimento em plena Amazônia, no município de Juriti, extremo oeste do Pará. O projeto reúne três instalações: mineração de bauxita (matéria-prima do alumínio), ferrovia e porto. A empresa está desenvolvendo uma proposta de desenvolvimento sustentável para essa região e já firmou parcerias como o governo do Estado, prefeituras e ONGs, além de inserir no processo as comunidades vizinhas. A proposta é levar um pólo de desenvolvimento sustentável para essa localidade, extremamente carente.
`Sustentabilidade não é um tema novo para nossas unidades no Brasil. Há muitos anos, nossas operações tem abraçado os princípios de sustentabilidade em suas atividades, especialmente no relacionamento com as comunidades locais`, conclui Anita.
kicker: A Alcoa tem um novo empreendimento de mineração de bauxita, no município de Juriti, extremo oeste do Estado do Pará
(Gazeta Mercantil/Gazeta do Brasil – Pág. 12)(Valter Leite)
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