Votorantim acelera a produção de alumínio
15/03/07
Exploração da terceira jazida em Minas próxima de começarMarta Vieira A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, entrou na etapa final das obras civis, para explorar sua terceira jazida de bauxita (mineral do alumínio) em Minas Gerais. Na mina, localizada em Miraí, na Zona da Mata, serão aplicados R$ 80 milhões este ano, na montagem da estrutura e de equipamentos para produzir ao ritmo de 1 milhão de toneladas anuais, a partir de setembro. O investimento é essencial para atender a expansão da fábrica de alumínio da CBA, em São Paulo, que exporta 30% da produção.Para aproveitar o crescimento da procura e dos preços do alumínio, a empresa, que vem registrando aumento médio anual da produção de 9,6%, já investiu R$ 365 milhões em novas reservas nos últimos cinco anos, informa Carlos Augusto Parisi, diretor de mineração da CBA. ?Os projetos nos permitem ampliar mercado, num momento em que o consumo cresce no Brasil e vamos continuar exportando?, afirma. A empresa exporta regularmente para os Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.A exploração da reserva de Miraí prevê três fases, com capacidade total de extração e beneficiamento de 4 milhões de toneladas de minério de alumínio por ano. Na fase inicial, deve gerar 120 empregos diretos. Segundo Augusto Parisi, a mina tem vida útil estimada em 80 anos e´e mais promissa que a reserva explorada em Poços de Caldas, no Sul do estado.Na reserva de Poços, a mais antiga em exploração pela CBA, desde 1955, a produção será reduzida em até 30%. A outra mina da companhia, de Itamarati de Minas, também na Zona da Mata, trabalha a plena carga. Com a expansão, a produção de alumínio da fábrica saltará de 400 mil para 470 mil toneladas por ano.? DNPM confirma a dívida com cidadesO presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais, Waldir Salvador Silva, prefeito de Itabirito, na região Central do estado, afirmou ontem, em Brasília, que o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) ratificou a metodologia da fiscalização realizada na contabilidade de quatro grandes mineradoras, relativa ao pagamento de royalties como compensação pela atividade. Representantes de 21 cidades mineradoras de Minas se reuniram com o diretor-geral do DNPM, Miguel Nery, e ficaram convencidos de que elas e os governos estadual e federal têm a receber aproximadamente R$ 2,2 bilhões, não recolhidos nos últimos 14 anos pela Companhia Vale do Rio Doce, suas controladas Samarco Mineração e Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).Os débitos começaram a ser apurados no fim de 2005 e estão sendo contestados pelas empresas, devido à forma de cálculo. Segundo o prefeito Waldir Salvador, a reunião foi um passo decisivo e que não deixou dúvidas sobre a estimativa com a qual trabalham os municípios. ?Ouvimos do DNPM que a metodologia foi correta e que, portanto, com a devida correção referente ao ano passado, os valores são muito próximos do que foi apurado?, disse.A expectativa dos prefeitos, agora, é que o DNPM notifique as empresas no fim do mês, para pagamento da dívida. O DNPM não confirmou a informação. Por meio da assessoria, informou que ainda não há decisão sobre o processo.
Jornal Estado de Minas