Yamana inicia produção e exportação de cobre
15/02/07
Sônia Ferreira
A mina de concentrado de cobre de Chapada, da Mineração Maracá, subsidiária do grupo canadense Yamana Gold, no município de Alto Horizonte, Norte de Goiás, entrou em operação comercial no último domingo, quando foram feitos os primeiros carregamentos. Mas o anúncio oficial só foi feito ontem, na sede da empresa, em Toronto, no Canadá. O primeiro embarque de concentrado da mina, para a Europa e Ásia, saiu do Porto de Vitória, no Espírito Santo.
Os primeiros embarques de concentrado de cobre produzido em Chapada chegaram a 10,8 mil toneladas. A mina está produzindo cerca de 600 toneladas de concentrado por dia. Esse total é superior ao previsto para o estágio atual.
Até o fim de dezembro de 2006, Chapada produziu 11 mil toneladas de concentrado. A produção subiu para 16 mil toneladas no mês passado. A diretoria da empresa espera extrair mais de 210 mil toneladas, com 51 mil toneladas de cobre e 2,8 toneladas de ouro/ano, em seu primeiro ano integral de produção. A empresa investiu R$ 545 milhões no projeto, que gera 600 empregos diretos.
ImportânciaO início da produção comercial é um dos marcos mais importantes da história de uma mina. Determina o ponto em que está produzindo dentro ou acima das especificações do projeto. A partir daí, as operações prosseguem de acordo com os planos e a mina passa a apresentar lucro operacional, entrando nos resultados financeiros da empresa responsável.
?Esta é uma das datas mais significativas da história da empresa. Com a entrada de Chapada na fase de operação comercial, a Yamana dá um importante passo no caminho de tornar-se uma empresa que mostra resultados e fluxo de caixa significativos. Trata-se de mais um aspecto da maturidade financeira obtida pela empresa num espaço de tempo muito curto?, afirmou o executivo da Yamana Gold, Peter Marrone.
De acordo com Arão Portugal, diretor-administrativo e responsável pela área de logística do projeto, a produção em Chapada representa também um marco importante em termos de logística dessa operação para a Yamana no Brasil. Ele exigiu mais de um ano de estudo e buscou-se as melhores alternativas que garantissem o escoamento da produção de maneira rápida, segura e viável economicamente.
A logística inclui um sistema multimodal de transporte ? rodoviário, ferroviário e marítimo ? e um complexo de armazenagem, incluindo um no Porto Seco de Anápolis. O terminal de minério da empresa deverá ser inaugurado nos próximos dias, possivelmente pelo presidente Lula. Ontem, o superintendente do Porto Seco, Edson Tavares, esteve tratando do assunto, em Brasília, com representantes da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O concentrado de cobre segue por via rodoviária de Alto Horizonte até o Porto Seco, num trecho de 330 quilômetros, e de lá, via estrada de ferro FCA/Minas-Vitória (1,4 mil quilômetros) chega aos armazéns no porto de Vitória.
A mina e a usina de processamento de Chapada foram construídas em prazo recorde. A decisão de levar adiante o projeto foi tomada em junho de 2004, depois de um minucioso estudo de viabilidade técnico-econômico. As obras começaram em novembro de 2004. O processamento de minério começou no fim de novembro de 2006 e deverá durar por cerca de 20 anos, tempo de vida útil estimado da mina.
Outros projetosAlém dos investimentos em Alto Horizonte, o grupo Yamana também produz ouro em em Fazenda Nova, a 291 quilômetros de Goiânia. No local é extraída 1,3 tonelada de ouro por ano. Os investimentos chegaram a US$ 12 milhões, o correspondente a R$ 25,2 milhões. Além dos dois projetos em Goiás, a Yamana Gold tem investimentos no Brasil nos Estados de Mato Grosso, Pará e Bahia.
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