Riquezas de Goiás: 6,25 bilhões em minérios
26/01/07
Luiz AlbuquerqueDa editoria de EconomiaRanking no Brasil: 1º lugar na produção de níquel e vermiculita, 2º na produção de cobre e nióbio. Goiás está na frente e não é por menos. O ?boom mineral? que hoje toma conta do Estado promete dobrar o PIB goiano. Somados todos os investidores, chega-se à cifra de R$ 6,25 bilhões para o período 2000/2008. Somente a Anglo American, a segunda maior mineradora do mundo, prevê investimentos superiores a US$ 1,2 bilhão. Mas qual a razão para números tão expressivos? São dois propulsores principais: políticas governamentais de incentivo à viabilização econômica dos projetos minerais e a valorização e forte demanda internacional de minérios que o solo goiano tem em abundância.Para o presidente da Anglo American, Walter De Simoni, o interesse dos investidores em mineração pelo Estado se deve às grandes reservas minerais que Goiás possui e, principalmente, às condições de investimento que o governo oferece. Através de apoio técnico, melhoria da infra-estrutura e política de incentivo à instalação de novas indústrias, o governo do Estado de Goiás propicia que empresas do ramo mineral se instalem na região. ?O grupo sempre contou com apoio do governo do Estado tanto na implantação quanto na operação de suas plantas de produção?, afirma o presidente da Anglo American.Os goianos estão na linha de frente também e muito por conta da infra-estrutura. ?A região ocupa um lugar estratégico no centro do País. Isso facilita e muito o escoamento da produção?, afirma o superintendente de Mineração de Goiás, Luís Fernando Magalhães. O Estado conta com um porto seco em Anápolis, localiza-se perto de pólos consumidores e de regiões portuárias onde grande parte das exportações brasileiras acontece, além de estar próximo também do centro político do País, Brasília. União entre logística, infra-estrutura, potencial mineral e forte demanda internacional coloca os produtos de Goiás em níveis de excelência no que se refere à ampliação da competitividade.Diretor operacional da holding Yamana, controladora da empresa de mineração Maracá que explora o concentrado de cobre em Alto Horizonte, Antenor Silva relata que a empresa poderia investir em outras regiões, inclusive na Bahia e Argentina, mas escolheu Goiás. Isso deveu-se a dois fatores: a vocação mineral e infra-estrutura, o que favorece a exploração e posterior escoamento da produção. ?A infra-estrutura do Estado é boa, existem estradas federais e estaduais, energia elétrica abundante, além de mão-de-obra qualificada?, afirma Antenor. A Maracá investiu R$ 541 milhões nos dois últimos anos. Nas etapas de pesquisa e viabilização do projeto, a soma foi de R$ 90 milhões. A projeção de faturamento para 2007 é de R$ 800 milhões.
Diário da Manhã