Cobre lidera declínio na cotação em Londres
15/12/08
Londres, 15 de Dezembro de 2008 – O cobre recuou em Londres, liderando os declínios para todos os metais, diante da preocupação de que a demanda por commodities na China e nos Estados Unidos, os maiores consumidores, enfraqueça ainda mais. O Senado dos EUA rejeitou um plano de ajuda de US$ 14 bilhões para as montadoras, principais usuárias de cobre, alumínio, platina e aço. As vendas de varejo na China avançaram no ritmo mais lento em nove meses em novembro, segundo informou na sexta-feira o National Bureau of Statistics.
“Não se trata apenas de sentimento, é a demanda de verdade” que conduziu os preços de todas as matérias-primas para baixo”, disse Eugen Weinberg, analista do Commerzbank, em Frankfurt, também na sexta-feira. Investidores e traders temem sobre o futuro do crescimento econômico , acrescentou .
O cobre para entrega em três meses recuou US$ 140 ou 4,2% para US$ 3,18 a tonelada, conduzindo o ganho na semana para 4,3%. O alumínio regrediu US$ 44 ou 2,8% para US$ 1,519 a tonelada, ou 1,9% acima para a semana.
Os mercados petrolíferos e acionário registraram uma queda à medida que a recessão global se prepara para se aprofundar ainda mais, ameaçando com novas demissões e fechamentos de fábricas em todo o mundo. A queda econômica da China acelera e não chegará ao fundo do poço até depois do primeiro trimestre de 2009, informou Li Yizhong, dirigente do Ministério da Industria e Informação Tecnológica.
A demanda por cobre irá recuar 3,5% em 2009, e a de alumínio ficará 1,7% abaixo, disse o analista do Goldmand Sachs Group, Jeffrey Currie. As produtoras de minério e fundições precisam reduzir a produção ainda mais para enfrentar o colapso na demanda, informou.
“Esperamos um superávit significativo na maioria dos metais para continua a pressionar os preços para que baixem mais do que os níveis atuais”, disse o informe. Os fundamentos são mais fortes para o zinco e mais fracos para o alumínio, cujos estoques deverão aumentar para níveis extraordinários.”
Os estoques de alumínio acompanhados pela Bolsa de Metais de Londres (LME em inglês ) avançaram 15,725 a tonelada ou 0,8%, para 1,92 milhão de toneladas, informou a bolsa na sexta-feira , ou quase o dobro de 2007, o nível mais alto desde novembro de 1994. Os estoques de cobre cresceram 3,975 toneladas ou 1,3% para 306,825 toneladas, o nível mais alto desde fevereiro de 2004.
Pan Pacific, maior fundição de cobre do Japão, irá reduzir a produção em 10% entre janeiro e março, primeiro corte em 14 anos, à medida que a economia global desacelera e reduz a demanda. Os cortes diminuirão a produção nos seis meses encerrados em 31 de março para 295 mil toneladas de cobre, abaixo 5% frente a estimativa de outubro. Cobre, alumínio e níquel irão apresentar uma média menor do que anteriormente estimada para 2009, com a demanda enfraquecendo devido a recessão global, informou o JPMorgan Securities, mantendo seu prognóstico para o ouro e a prata.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 5)(Bloomberg News)
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