Meio ambiente e crise mundial
25/11/08
Sustentabilidade é o nome do jogo diante da crise financeira mundial. A opinião de especialistas é clara: o consumidor está mais exigente e vai continuar assim. E, se o sistema financeiro não mudar a visão de curtíssimo prazo com a qual trabalha, vai enfrentar problemas ainda maiores nos próximos anos. Para o economista Sérgio Besserman, membro do conselho diretor da WWF Brasil, o foco deve estar na cadeia produtiva. “Bens e serviços ambientais têm sido tratados como públicos, gratuitos e inesgotáveis e esse é o problema. As empresas que se preparam para isso agora vão sair na frente”.Esse é o caso da Coca-Cola. De acordo com Marco Simões, vice-presidente de comunicação e sustentabilidade da empresa no Brasil, ?não adianta ser ingênuo a ponto de pensar que as pessoas vão mudar a forma de usar recursos naturais por si só. Tem o lado econômico também”.Por isso, a plataforma de sustentabilidade da marca aposta na incorporação de valores no quadro de funcionários, que contempla cerca de 35 mil pessoas atualmente.”Cabe a nós, como empresa que pensa socialmente, fazer nosso papel”, diz Maurício Bacellar, gerente de relações institucionais. Prova disso é que o Instituto Coca-Cola Brasil está focado em meio ambiente e educação, com programas como Valorização do Jovem, que com quase 10 anos de existência já beneficiou 23 mil estudantes do ensino público fundamental. A meta é sensibilizar. Por isso, a Coca-Cola investe em programas como o Movimento Bem-Estar, criado em 2006 para estimular a vida saudável com mensagens de estímulos á prática de exercícios nos comerciais. José Mauro de Moraes, diretor de meio ambiente e assuntos regulatórios, explica que a mini tampa, por exemplo, usada em embalagens pet, reduz dois gramas na embalagem. Isso significa economia e também sustentabilidade. Em garrafas pet de dois litros, com redução de 58g para 48g (17%), para cada um milhão de garrafas, são dez toneladas de resina a menos usadas na fabricação e menos 75% de gás carbônico.Márcio Amazonas, gerente mundial de Recursos Hídricos (The Coca-Cola Company), diz que entre 2002 e 2007, as vendas cresceram 21% com diminuição de 2% do consumo de água.
Diário da Manhã – GO