07/11/08

Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registravam baixa nesta quinta-feira, pressionados pelo fortalecimento do dólar e pelas perdas nos mercados mundiais de ações. Segundo analistas, a queda nos mercados de ações indica que o sentimento pode ter se tornado novamente negativo, com os mercados voltando a embutir nos preços a desaceleração econômica global. Às 9h27 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 3.885,00 por tonelada na LME, queda de US$ 185,00 ante o fechamento de ontem, e o chumbo recuava US$ 41,00, a US$ 1.470,00 por tonelada. O alumínio perdia US$ 55,00, a US$ 2.036,00 por tonelada, e o níquel tinha desvalorização de US$ 695,00, a US$ 11.600,00 por tonelada. O estanho caía US$ 200,00, a US$ 14.650,00 por tonelada. Às 10h11 (de Brasília), o contrato do cobre para dezembro caía 3,13% para US$ 1,7635 por libra peso na Comex eletrônica.
Os estoques de cobre e de alumínio continuam crescendo. Os estoques de cobre aumentaram 5.075 toneladas para o nível mais alto desde março de 2004. “É provável que o mercado enfrente mais fraqueza”, afirmou o analista Michael Khosrowpour, da Triland Metals. Em meio ao sentimento fraco, investidores continuarão aplicando em ativos considerados seguros, como títulos do Tesouro norte-americano, o que deve dar suporte ao dólar e, conseqüentemente, pressionar os metais básicos, segundo Khosrowpour.
De acordo com traders, os preços do cobre são os que têm mais potencial de queda por ainda estarem acima do custo médio de produção, enquanto outros metais devem se consolidar perto dos intervalos recentes. A estatal Aluminum Corp of China, maior produtora de alumínio da China, informou hoje que desativou 38% de sua produção total de alumina devido aos preços baixos. O corte na produção pode dar sustentação ao mercado, ainda que, sem uma recuperação na demanda, os preços não devam subir, segundo um trader de Londres. “O alumínio parece estar se consolidando em torno de US$ 2.050,00, e o zinco em torno de US$ 1.125,00”, acrescentou ele.

Agência Estado / Brasil Infomine