Mineração dribla crise
05/11/08
Apesar da crise internacional, o crescimento da indústria mineral no Estado, previsto para os próximos anos, supera os altos e baixos e deve ser o fiel da balança para o aumento do Produto Interno Bruto do Para até 2012, quando devem se consolidar a enxurrada de investimentos previstos por grandes empresas, como a Vale, nas cidades paraenses, Somente até 2010 devem ser derramados mais de 13 bilhões dólares no Estado pelas empresas do setor mineral, com a expansão dos projetos instalados e implantação de novos. É pela importância desse setor para a economia e pela relevância mundial de suas reservas minerais que o Pará recebe o I Congresso Internacional de Mineração, junto com a Exposição Internacional da Mineração da Amazónia (Exposibram 2008), que ocorre entre os dias 10 e 30 deste mês, no Hangar Centro de Convenções da Amazónia. O mundo da mineração deve se encontrar em Belém, com cerca de 500 representantes desse importante setor económico.
Hoje o Pará possui algumas das maiores reservas minerais do Brasil. O território concentra cerca de 80% da bauxita brasileira; 75% do cobre; 33% de gipsita; 53% de caulim; 35% de manganês 30% de ferro. É na província mineral de Carajás que está o maior volume de minério de ferro. No Pará, os investimentos do setor privado chegaram a 20 bilhões de dólares nos últimos anos. O volume faz com que o setor minero-metalúrgico responda por 80 da pauta de exportações do Estado. Para ter noção da importância, as exportações de minério alcançaram R$ 8,3 bilhões em 2007, crescimento de 7 em relação ao ano anterior. É o Pará o segundo Estado no ranking dos produtores de bens minerais, quando não se inclui o petróleo e o gás natural. Dentre os mais importantes projetos, estão a ampliação da produção de alumina pela Alunorte; da lavra de ferro na Serra dos Carajás e o cobre do Sossego. Há ainda os projetos de extração de bauxita da Alcoa em Juriti; de caulim da empresa francesa Imerys-Rio Capim; como os pólos siderúrgicos de ferro gusa de Marabá e Barcarena; a empresa Globe Metais na produção de silício metálico e as três empresas de produção de cimento e calcário. Só a Vale tem ainda empreendimentos de minério de cobre, como o 118, em Canaã, e o Salobo, em Marabá; a bauxita em Paragominas, além das indústrias para produção de alumina, em Barcarena, e a siderúrgica de aço, em Marabá.
Amazônia Jornal