Goldman Sachs reduz projeções para preço do aço e do minério em 2009
24/10/08
O banco Goldman Sachs, que antes previa uma queda de 5% para o preço do aço plano no mercado interno em 2009, reduziu suas projeções para uma queda de 10%. O banco espera que o preço internacional da bobina a quente chegue a US$ 690 por tonelada, abaixo da projeção inicial, de US$ 737, o que significa que os preços internos terão um prêmio de 28% em comparação com os produtos importados.
Por isso, o banco revisou suas previsões para o mercado brasileiro para uma queda de 10% em moeda local. Os aços longos também tiveram suas projeções de queda ampliadas de 5% para 10%, em função da expectativa de queda dos preços internacionais. A previsão anterior para os preços externos passou de US$ 701 por tonelada para US$ 537 por tonelada. De acordo com relatório do banco com data de ontem, os cortes de produção de aço vão afetar os preços do minério de ferro e do carvão, principais insumos da siderurgia. A instituição financeira reduziu suas projeções para o reajuste dos insumos em 2009, que antes eram de estabilidade, para uma queda de 15% para minério de ferro e de 13% para o carvão. O banco informou que as revisões foram motivadas pela redução do crédito internacional, que deve se refletir na demanda, pelos preços mais baixos do aço no mercado externo e pela queda das cotações dos preços das commodities no mercado à vista. Segundo o Goldman Sachs, as ações da Vale negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, estão precificando uma queda de 42% no minério de ferro e um preço médio de níquel de US$ 6 por libra em 2009.
De acordo com o relatório, as ações da Usiminas e a Gerdau precificam uma queda de 12% nos preços do aço no ano que vem.
Agência Estado / Brasil Infomine