02/10/08

Local: Belém – PAFonte: Diário do ParáLink: http://www.diariodopara.com.br/
Fábio Nóvoa
O Pará será o Estado que mais receberá investimentos previstos pelo setor mineral para os próximos quatro anos. Dos 57 bilhões de dólares que as indústrias de extração e transformação mineral investirão no país, 23 bilhões serão destinados à infra-estrutura e projetos das empresas que atuam em território paraense.
Esse montante representa 40% do total nacional, 10% a beneficiado, Minas Gerais, que receberá 18 bilhões. Os outros 30% serão investidos em projetos de outros Estados. Os números foram apresentados em coletiva, na manhã de ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), pelo presidente do presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camilo Penna. Camilo mostrou que, até 2012, os investimentos na Amazônia Legal devem atingir 24,2 bilhões de dólares.
Isso signica que o Pará terá quase 95% dos recursos alocados pelas indústrias, que veêm no Estado o maior potencial mineral do Brasil. Somente a indústria de minério de Ferro deterá dois terços dos investimentos. Paulo também mostrou números sobre os empregos gerados. Segundo o Ibram, a mineração gerou, em 2007, 1 milhão e 800 mil empregos diretos no país.
Em 2008, a previsão é que esse número ultrapasse dois milhões. Até 2012, a estimativa é que sejam criados 74 mil novas vagas de trabalho. No Pará, a expectativa é que sejam contratados 27 mil novos empregados em quatro anos.
“Nós mais que dobramos os investimentos para os próximos quatro anos, mesmo com a crise do sistema americano”, ressaltou Paulo. Ele também acredita que a atual crise financeira mundial não deva alterar esses resultados. “A crise americana não vai afetar os investimentos, pois são investimentos aprovados, e não especulados. A crise nos preocupa, mas acreditamos na força do setor”, reiterou.

Diário do Pará / Jornal Amazônia