Vale estuda compra da Caraíba Metais e da Cibrafértil
02/07/08
Segunda maior mineradora do mundo, a companhia brasileira negocia a aquisição das empresas baianas
A Companhia Vale do Rio Doce informou, ontem, que mantém negociações para aquisição da Caraíba Metais e da Cibrafértil (Companhia Brasileira de Fertilizantes), empresas controladas pelo Grupo Paranapanema. A gigante brasileira da área de mineração ressaltou, em nota, que ainda não apresentou uma proposta efetiva de compra das duas empresas, que têm sede na Bahia.
O Grupo Paranapanema é controlado pelo fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ). Durante encontro de conselheiros, realizado no mês passado, em Costa do Sauípe, o diretor de participações do fundo, Joilson Rodrigues Ferreira, admitiu o interesse em vender a Paranapanema. Mas a dúvida era se a empresa seria vendida inteira ou separadamente.
A Caraíba Metais é uma das mais importantes empresas da Bahia e uma das maiores metalurgias de cobre do mundo, com faturamento anual de R$3,5 bilhões. Está instalada no município de Dias d?Ávila, onde produz vergalhão e fios de cobre, além de ácido sulfúrico. No ano passado, a empresa exportou mais de US$988,8 milhões, o equivalente a R$1,55 bilhão. Sozinha, representou 13,34% de todas as vendas externas do estado. A empresa produziu 221 mil toneladas em 2007, mas tem um plano de investimentos para elevação do volume, cuja meta é chegar a 380 mil toneladas anuais.
A companhia, que conta com mais de 1,2 mil funcionários, entre diretos e terceirizados, atende a 85% das necessidades do mercado nacional. Sua matéria-prima, o concentrado de cobre, é importado principalmente do Chile, e uma pequena parte vem da mina Caraíba, localizada no município de Jaguarari. Desde 2001, fontes do mercado já indicavam uma possível negociação com a Vale para exploração das jazidas de cobre no Pará.
Já a Cibrafértil produz, no Pólo Industrial de Camaçari, o superfosfato simples, uma matéria-prima necessária à fabricação de fertilizantes. A unidade industrial conta com 90 funcionários e faturou R$75,5 milhões no ano passado.
A reportagem entrou em contato, mas não teve retorno por parte de representantes do Grupo Paranapanema
Correio da Bahia