Perspectivas para o futuro
26/02/08
Não há como iniciar uma explanação sobre a minha visão do futuro de Goiás sem antes falar sobre as ações do meu governo nos últimos dois anos. Por exemplo, presentemente só se fala da reforma administrativa. Se fosse só isto, seria apenas um pequeno passo no longo e definitivo caminho da grande estratégia que venho articulando, composta por um conjunto de medidas e ações que colocará o Estado de Goiás no seu rumo definitivo de progresso social e desenvolvimento econômico.Num primeiro momento, o governo buscou implantar o equilíbrio fiscal, especialmente aperfeiçoando o sistema da arrecadação estadual, que, mesmo com a redução de alguns impostos, proporcionou um aumento da receita da ordem de 800 milhões de reais em 2006 e de um bilhão em 2007. Foi um aumento de 14%, em média, em relação aos anos anteriores.A renegociação da dívida do Estado com a União, que está nos seus trâmites finais, foi iniciada pelo meu governo ainda em 2006 e poderá, de imediato, disponibilizar mensalmente um volume expressivo de recursos para novos investimentos. O Estado destina atualmente cerca de 80 milhões de reais por mês para o serviço da dívida. Com o sucesso da renegociação, que inclui um período de carência de três anos, o tesouro estadual aplicará esse montante em obras públicas e programas sociais.Outra decisão importante foi a elaboração e implantação do Programa Estadual de Bio-energia, com incentivos para a produção de etanol e biodiesel. O programa já proporcionou o aumento de unidades industriais de 11 para as atuais 19 usinas em franca produção. Até o ano de 2010, a previsão é de instalar mais 31 novas usinas, num total de 50 indústrias produtoras de energia alternativa limpa e renovável.Na área de mineração, o meu governo proporcionou à multinacional Anglo América, detentora do direito de exploração das jazidas de minério de níquel da região de Barro Alto, acelerar a implantação do seu complexo industrial, com investimento superior a um bilhão de dólares, que em breve estará pronto para o início das operações. Para não alongar muito, gostaria apenas de acrescentar outras medidas que tomei e que vêm produzindo grandes impactos na nossa vida econômica e social. A consolidação da plataforma logística de Anápolis, a política estadual de incentivo às exportações, especialmente nas áreas da agricultura e pecuária, setor em que conseguimos uma expansão de 50% nos últimos dois anos, atingindo o montante de 3 bilhões de dólares. Recentemente estimulei a recuperação econômica e financeira da Celg e da Saneago, envolvendo valores da ordem de um bilhão e meio de reais, e apoiei o retorno das atividades da fábrica de cimento da Votorantim em Cocalzinho. Em dezembro de 2006, concluído o dever de casa, vitoriosas as eleições no Estado e reeleito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fui ao Palácio do Planalto pedir o apoio de governo federal ao grande projeto de implantação da logística que transformará a Região Centro-Oeste num dos grandes eixos do desenvolvimento nacional. Fui recebido com simpatia e boa vontade. Diante dos projetos, o presidente foi tomado de grande entusiasmo pelas idéias apresentadas e, ato contínuo, recomendou aos seus ministros que dessem apoio irrestrito às nossas reivindicações.No decorrer do ano passado, o governo de Goiás procurou viabilizar esse importante apoio do governo federal. A primeira providência foi a aceleração das obras de implantação da Ferrovia Norte-Sul. Com a engenharia financeira aprovada, será possível o pleno acesso de Goiás ao Porto de Itaqui, já em 2010. A Petrobras anunciou o término dos estudos de viabilidade econômica do alcoolduto Paulínia – Senador Canedo e que implantará este empreendimento até o final de 2010 com custo de mais de R$ 1 bilhão. Outras obras fundamentais para completar o plano logístico mais audacioso do País são a conclusão da duplicação da BR-153, no trecho Goiânia-Itumbiara, a duplicação da mesma rodovia no trecho Anápolis-Porangatu, a duplicação da BR-060, no trecho Goiânia-Rio Verde-Jataí, a pavimentação da BR-080, no trecho Uruaçu-Luís Alves do Araguaia, a pavimentação da BR-070 no trecho Itaberaí-Pirenópolis, a conclusão da pavimentação da BR- 414, que liga Brasília a Niquelândia, e a restauração e duplicação da BR-452, entre Itumbiara e Rio Verde.Essa estratégia logística estará completa em futuro próximo, com a conclusão do Aeroporto Internacional de Goiânia e a transformação do Aeroporto de Anápolis num grande terminal de exportação de cargas. Muitas dessa obras estão em franca execução, numa perspectiva de que chegaremos ao final do nosso mandato com a realização de um governo que marcará a história política, econômica e social do nosso Estado. A minha visão do futuro de Goiás é otimista por uma razão muito simples: as sementes foram lançadas e já começam a germinar. A partir de 2008, estão sendo abertos mais de 200 mil postos de trabalho, com o aumento extraordinário do PIB goiano e o crescimento da renda per capita, proporcionando uma grande e visível melhoria da qualidade de vida de nosso povo. Encerro falando dos grandes desafios que temos no curto prazo: a mobilização da engenharia goiana para movimentar esse imenso canteiro de obras, a capacitação do trabalhador goiano, que o tornará mais competitivo e melhor remunerado, e, finalmente, a preparação de Goiânia para sediar a Copa do Mundo em 2014. Essa é a agenda positiva do nosso futuro, o nosso horizonte de riqueza e fartura.
Diário da Manhã – GO