24/01/08

O Brasil conta com uma grande diversidade de ecossistemas e paisagens que fascinam qualquer amante da natureza. O país possui 746 RPPNs, e, recentemente, mais uma foi incorporada a este quadro. Trata-se da Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista (RPPNEEB). A empreitada será o primeiro centro de estudos e pesquisas de áreas úmidas do planeta, onde encontram-se mais de cem espécies de mamíferos, entre eles grandes gatos pintados e pardos, 300 espécies de peixes e 700 variedades de pássaros, incluindo animais em extinção. Adquirida em 2005 pela MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista se localiza na Serra do Amolar, a 180km de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.A MMX comprou uma área de 20 mil hectares para conservação, dos quais 12 mil compõem a RPPN. Devido à presença de 27 famílias de ribeirinhos, os outros 8 mil hectares não farão parte da reserva, já que a legislação não permite que haja ocupação em unidade de conservação. As famílias presentes no local continuarão morando ali e a maior parte dos moradores fará o manejo do local, já que o homem pantaneiro sempre viveu do Pantanal sabendo preservá-lo. A região onde se encontra a reserva foi declarada pelo Ministério do Meio Ambiente como de alta prioridade para preservação da biodiversidade. Margeada pelo Rio Paraguai e pela Baía do Mandioré, na fronteira com a Bolívia, ela é permeada por quatro tipos de biomas: Cerrado, Pantanal, Amazônia e Floresta Chiquitanas, já em solo boliviano. Além destas características, foi declarada como Reserva da Biosfera por sua proximidade com o Parque Nacional do Pantanal ? considerado patrimônio natural pela Unesco ? Parque Nacional da Bolívia e outras reservas particulares.Para implantar a RPPN dentro dos padrões necessários, a MMX firmou parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que tem como objetivo atuar na promoção do desenvolvimento e melhoria da qualidade ambiental do Pantanal. O IHP realizou o plano de manejo e as expedições científicas do local, que se trata de uma região ecótone, ou seja, ? de contato entre diferentes tipos de vegetação, que proporciona um número grande de nichos ecológicos de condições diversas. Diversidade ecológicaDevido à difícil localização da RPPN, o local nunca havia recebido a visita de jornalistas, exceto pesquisadores e a equipe ligada a MMX que é responsável pelo projeto. Para se chegar lá, foi necessário subir o Rio Paraguai durante 15 horas de barco, trajeto longo, mas recompensado pela presença ilustre de jacarés, capivaras, tucanos e tuiuiús. A diversidade de situações ecológicas que encontram-se na área é impressionante. Um mapa preliminar realizado por pesquisadores apontou a presença das categorias mais amplas de unidades de paisagem, como cerrado, cerradão, campo de altitude, campos inundáveis, matas, matas inundáveis e hábitats aquáticos. Estas características favorecem uma maior diversidade de espécies de flora e fauna. Basta navegar pelos rios ou caminhar pelas matas para se avistar diversas espécies de plantas. Estão presentes no local 188 espécies distribuídas em 63 famílias botânicas. Estas espécies representam 10% das espécies listadas para o Pantanal. Das 188 espécies observadas, oito estão citadas como ameaçadas de extinção pelo Ibama. Duas espécies silvestres de mandioca (Manihot sp. 1 e 2) e de amendoim (Arachis sp. 1 e 2), importantes para a conservação de recursos genéticos, também foram observadas. Outro destaque é o registro da espécie parasita de raiz do gênero Lophophytum, raridade, difícil de ser encontrada. Por se tratar de uma planta que permanece sob o solo, somente quando floresce é possível se confirmar sua ocorrência na região.Como a presença no Brasil de diversas plantas é utilizada para a produção de doces, remédios, etc, na RPPNEEB não poderia deixar de existir a abundância de espécies que são utilizadas com esse objetivo. É o caso da mangaba (Hancornia speciosa), que encontra-se presente em vários locais da reserva. A espécie é tradicionalmente utilizada para fazer doce pela população da região.PantanalO Pantanal Mato-grossense é um importante ecossistema, atuando como barreira à disperção de uma parcela considerável de animais. Localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Rio Paraguai, possui uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e é sazonalmente submetido a um regime de cheias e secas. Sua área é de 138.830km2, sendo que 65% do seu território estão situados no estado do Mato Grosso do Sul, onde está localizada a Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista. Nos rios e corpos d`água vivem mais de 260 espécies de peixes e, no Pantanal terrestre, a vida selvagem ainda se encontra exuberante como em poucos lugares na Terra. As condições ambientais favorecem o estabelecimento de grande variedade de fauna. É fácil avistar todos os tipos de espécies imagináveis entre elas capivaras, cervo-do pantanal, jaguatirica, lontras, cutias, garças mouras, garças brancas, cobras, jacarés, onças, etc. Por toda a grandeza e expressividade ecológica, o Pantanal é reconhecido internacionalmente como prioridade para a conservação ambiental. O município de Corumbá, capital do Pantanal, é Patrimônio Natural da Humanidade.Maior área alagável do mundo, o Pantanal é uma imensa bacia intercontinental, delimitada pelo Planalto Brasileiro, ao leste, pelas Chapadas Mato-grossenses, ao norte, e também por uma cadeia de morros e terras altas do sopé Andino, a oeste. A escolha da MMX pelo local reforça a preocupação da empresa com o ambiente onde está inserida. Com a implantação da Reserva, a MMX coloca em prática a sua política de atuar com responsabilidade social e ambiental em Corumbá, já prevista em um Termo de Compromisso de Conduta assinado com o Poder Público, que assegura, entre outras ações, a não-utilização de carvão vegetal oriundo do Pantanal.O carvão hoje utilizado pela planta de metálicos da MMX Corumbá, que está em fase de operação, vem de fornecedores de outras regiões do estado, com a garantia, mediante documentos oficiais, de que se trata de madeira de desmatamentos antigos, com utilização para carvoejamento permitida pelos órgãos estaduais de meio ambiente. No período de dez anos, previsto pela lei, a MMX alcançará a auto-suficiência na produção de madeira para transformação em carvão, com o plantio de 38 mil hectares de floresta de eucaliptus já em fase de cultivo nos municípios de Anastácio e Dois Irmãos do Buriti. Uma base renovável de florestas plantadas está sendo implantada, em terras próprias ou em parcerias com fazendeiros da região, que a partir do sétimo ano garantirá fonte segura de carvão vegetal para a sua demanda em seus altos-fornos. Estas plantações estarão rigorosamente obedecendo a toda a legislação ambiental e legal, dentro do território brasileiro, com padrões internacionais, para que seja auto-sustentável quanto aos aspectos sociais, ambientais e econômicos. O objetivo principal da gestão florestal é produzir madeira de Eucalyptus de alta qualidade e baixo custo para a produção de carvão vegetal, aproveitando as condições climáticas favoráveis da região, ao mesmo tempo em que zela pela sustentabilidade ambiental e social da região.A região na qual a empresa está inserida é detentora de um rico patrimônio natural e cultural, onde paisagens belíssimas têm abrigado várias populações tradicionais, muitas delas remanescentes de nações indígenas. O compromisso com o desenvolvimento sustentável vai além. A MMX é uma das empresas financiadoras da Avaliação Ambiental Estratégica do pólo minero-siderúrgico de Corumbá, que está sendo realizado pela Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos principais órgãos de pesquisa do país. Com a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista, a MMX consolida suas ações em prol do meio ambiente, preservando uma das áreas mais ricas e preservadas do mundo, que traz benefícios para o Brasil e para a população local.

Santos Modal – SP