Acima de 9 mil pontos, Dow Jones alcança maior nível em oito meses
24/07/09
As bolsas de valores americanas subiram, levando o índice Dow Jones para acima do nível psicológico de 9 mil pontos pela primeira vez desde janeiro. Fortes lucros corporativos e um aumento nas vendas de moradias espalharam otimismo pela economia.
O Dow Jones avançou 2,12%, para 9.069 pontos. O Nasdaq subiu 2,45%, para 1.973 pontos. O índice Standard & Poors 500 teve valorização de 2,33%, para 976 pontos. O rali ajudou todos os setores de referência do Standard & Poors 500 a terminar o dia em elevação.
Fortes lucros de importantes empresas, como 3M e AT&T deram mais evidências de que os balanços relativos ao segundo trimestre estão mais positivos que o imaginado inicialmente.
O mercado ampliou os ganhos da abertura depois que dados mostraram que a venda de moradias usadas subiu em junho. É a primeira vez desde 2004 que esses números crescem por três meses consecutivos. O índice Dow Jones para a construção civil saltou 4,9%.
O Nasdaq registrou o décimo segundo pregão seguido de ganhos, maior sequência positiva desde 1992.
“O que eu gosto no rali que temos visto até agora é sua amplitude. Não é um rali limitado a um setor isolado. É abrangente. Isso me dá confiança”, disse John Coyne, presidente da Brinker Capital, que gerencia US$ 8 bilhões.
O conjunto de boas notícias ajudou o S&P 500 a romper o nível crítico de resistência técnica de 960 pontos, provocando um rali que levou o indicador a 979 pontos, maior patamar intradia em oito meses.
As bolsas da Europa avançaram pela nona sessão consecutiva. Também atingiram o maior patamar de fechamento em oito meses, puxadas pelo bom desempenho das ações dos setores bancário e de mineração.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 2,03%, para 908 pontos, após ter atingido 909, nível mais alto desde novembro. É a mais longa série de ganhos do indicador desde 2006.
As ações europeias também se beneficiaram de dados mostrando que as vendas de moradias usadas nos Estados Unidos aumentaram em junho num ritmo anual mais rápido que o esperado.
O setor bancário ganhou terreno após o Credit Suisse ter anunciado lucro líquido de 1,6 bilhão de francos suíços (US$ 1,5 bilhão) no segundo trimestre, contra previsões médias de 1,4 bilhão de francos suíços.
“A balança está pendendo para uma avaliação mais positiva e lentamente os investidores estão recebendo informações de que o cenário econômico realmente continua melhorando”, disse Tammo Greetfeld, estrategista de ativos do Unicredit Group.
Os papéis do Credit Suisse avançaram 5,8%, enquanto HSBC, Lloyds, Royal Bank of Scotland e Banco Santander ganharam de 2,6% a 4,9%.
As mineradoras acompanharam a firmeza dos preços dos metais. Xstrata, Rio Tinto, BHP Billiton, Kazakhmys e Lonmin saltaram entre 4,1% e 9,5%.
As ações da farmacêutica Roche subiram 3,2%, após a companhia ter fornecido uma projeção pessimista para os próximos dois anos, dada a aquisição da Genentech por US$ 47 bilhões. A Roche informou ainda que expandirá sua capacidade de produção do medicamento Tamiflu, utilizado no tratamento da gripe do vírus H1N1.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,47%, a 4.559 pontos. O DAX, de Frankfurt, ganhou 2,45%, para 5.247 pontos. Na bolsa de Paris, o CAC-40 subiu 2,08%, para 3.373 pontos. O Ftse/Mib, de Milão, fechou em alta de 1,59%, a 20.242 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 2,13%, para 10.369 pontos. Na bolsa de Lisboa, o PSI20 teve alta de de 0,57%, a 7.299 pontos.
Valor Econômico