Gerenciamento da água exige esforços conjuntos
20/10/16
Em um ambiente de mudanças climáticas e aquecimento global, a água ? ou melhor, a falta dela ? torna-se um problema de grandes proporções para a Indústria da Mineração. O desafio é grande. É necessário, além do uso mais eficiente e sustentável desse recurso, garantir sua qualidade e quantidade, não só para a indústria, mas também para as populações. ?A água é uma limitação crítica para o desenvolvimento dos recursos minerais?, afirmou Tom Butler, presidente e CEO do International; Council of Mining and Metals, nesta quinta-feira, 20, durante o 24º World Mining Congress, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM.;A solução, porém, não pode partir apenas de um setor. Depende de esforços conjuntos de todos os atores envolvidos, como concordam representantes de Peru, Brasil e Canadá na mesa sobre o tema. Do contrário, os problemas tendem a aumentar. ?Mais de 70% dos conflitos envolvendo mineração no Peru estão relacionados à água?, disse Bern Klein, do Instituto Canadense Internacional de Recursos e Desenvolvimento, sobre a aplicação de programas de utilização da água no país.;Governo e comunidades têm papel fundamental ao lado da indústria no processo de gestão da água. ?O governo deve controlar e monitorar os recursos hídricos e regulamentar seu uso?, diz Maria de Fátima Chagas Dias Coelho, diretora geral do Instituto de Gerenciamento de Água de Minas Gerais (IGAM). ?A solução está em parte na participação das comunidades envolvidas, mas também nas ONGs, nas universidades, nas indústrias e no governo, em níveis nacional e municipal?, diz Klein.;Para Manuel Bernales Pacheco, gerente da ONG peruana Futuro Sostenible, é necessária a criação de comitês comunitários de monitoramento ambiental. Os grupos servem, segundo ele, para construir confiança entre empresas, comunidade e governo. ?No Peru, o monitoramento ambiental na mineração é obrigatório, assim como os comitês comunitários na fase de produção?, disse Pacheco.;Nada, porém, vai funcionar sem um real engajamento da indústria. ?Essas políticas começam com preocupações da população local, mas também devem ser uma decisão institucional das empresas?, diz Pacheco.;
IBRAM