Atlas mapeia desenvolvimento sustentável na mineração
25/08/17
O lançamento da publicação aconteceu no Ministério de Minas e Energia e contou com a presença dos diretores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Esteves Colnago e Antônio Carlos Bacelar, Victor Bicca, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM, além do secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Vicente Lôbo. Segundo ele, o atlas representa a necessidade de estabelecer parâmetros para o setor com foco no desenvolvimento sustentável.
“O mapa é um trabalho profundo, com informações e dados importantes. Entendemos que a mineração pode contribuir diretamente com o desenvolvimento sustentável, e é preciso que tenhamos muita responsabilidade, com envolvimento dos diversos setores da sociedade envolvidos nas operações e com políticas claras de gestão. Por isso, a política mineral brasileira deve ser pautada na sustentabilidade”, disse o secretário.
Segundo a CPRM, o documento tem contribuições de iniciativas brasileiras e destaca a atuação do setor na Agenda 2030, com informações sobre como as atividades de mineração podem contribuir para cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Com o mapeamento das atividades do setor, o objetivo do documento é incentivar as empresas de mineração de todos os portes a incorporar os ODS em seus negócios e operações. No Atlas, também são apresentadas recomendações para que o setor amplie a atuação em determinados segmentos para acelerar o alcance da Agenda 2030.
O documento mostra que a formação de parcerias entre setor privado sociedade civil e governos pode estimular a mineração, criando empregos, estimulando a inovação, com investimentos em infraestrutura e mudanças de longo prazo.
Em paralelo ao Atlas, foi lançado o programa do MME, “Mapeando os objetivos do desenvolvimento sustentável da mineração brasileira”. Lôbo falou sobre a importância dos dois projetos. “Com essas ações estamos cumprindo os objetivos da política brasileira, de uma agenda voltada para os avanços dos ODS e mais ainda, estimulamos e damos publicidade aos compromissos do setor com desenvolvimento sustentável do país”, afirmou Lôbo.
O diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento, Esteves Colnago, que representou a CPRM na mesa de abertura do evento, falou sobre algumas ações que o Serviço Geológico do Brasil está implementando. “Nós estamos concentrando esforços no sentido de organizar todos os procedimentos relacionados à tecnologia e inovação dentro da empresa. Tenho certeza de que um dos pilares que nós vamos estabelecer na CPRM será o que diz respeito ao desenvolvimento do setor mineral e sustentabilidade”, declarou Colnago.
Segundo o diretor de país do PNUD, Didier Trebucq, o Atlas analisa a relação entre as atividades de mineração e os 17 ODS, com exemplos de ações concretas, as quais se espera que sejam replicadas ou ampliadas. “O Atlas baseia-se na premissa de que as operações do setor tem um grande impacto na sociedade. A indústria do setor, quando comprometida com a sustentabilidade socioambiental, contribui para o desenvolvimento sustentável. O documento demonstra como a indústria pode fortalecer a colaboração com outras partes interessadas para ampliar boas práticas, muitas delas mapeadas no documento”, afirmou.
No Brasil, o setor de mineração é responsável por 200 mil empregos diretos e 800 mil indiretos, e responde por quatro por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Atlas foi produzido em parceria com o Fórum Econômico Mundial, o Centro de Investimento Sustentável da Universidade de Columbia, a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável e o PNUD, com apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). Para acessar o mapa, clique aqui.