Audiência de 13 mil para live da CPRM sobre potencial de ouro e metais base
29/05/20
A transmissão da live com o tema A Geologia da Província Polimetálica Juruena-Teles Pires, realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na tarde desta quinta-feira (28), alcançou 13.120? espectadores, em 16 estados e no Distrito Federal. Com palestras de dois pesquisadores em geociências, a live foi transmitida pelos canais do Facebook e YouTube da empresa. O evento contou com o apoio da Secretaria de Geologia Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, da Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Industria Mineral Brasileira (ADIMB) e da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG).
Uma das regiões prioritárias da CPRM para estudos, a Província está no extremo norte de Mato Grosso (MT), divisa com o estado do Pará (PA), e faz parte da porção sul do Cráton Amazônico, em área aproximada de 48.000 km². O potencial exploratório e a riqueza mineral fazem da região da Província Polimetálica Juruena-Teles Pires a segunda maior produção de ouro extraído em garimpos do Brasil. Em comparação a outros distritos, a produção em Juruena-Teles Pires é estimada em 180 toneladas de ouro, perdendo apenas para a Província Tapajós, com 750 toneladas e ficando à frente do distrito de Serra Pelada (56 toneladas).
O estudo dos principais depósitos de ouro na região aumenta o entendimento acerca de sua origem e controles estruturais. O entendimento das mineralizações foi obtido por meio de mapeamento geológico sistemático, com uso de imagens aerogeofísicas de alta resolução, dados de petrografia, litoquímica, geoquímica prospectiva e geocronologia.
Na abertura, o diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil, Marcio Remédio, anunciou que a CPRM iniciou uma série de transmissões com o objetivo de cumprir a nossa missão, de levar e disseminar o conhecimento geocientífico para toda a sociedade, “as atividades de mapeamento geológico e integração regional e os estudos geológicos voltados à caracterização e avaliação dos recursos minerais brasileiros tem o objetivo de ampliar o conhecimento para contribuir com o desenvolvimento sustentável do país”, destacou.
A primeira palestra — ministrada pelo geólogo da CPRM Gilmar Rizzotto — tratou do Magmatismo Intraplaca Estateriano na Província Polimetálica Juruena-Teles Pires. De acordo com o pesquisador, a área da província, embora ainda careça de estudos geológicos aprofundados tem chamado a atenção das empresas de mineração (majors e juniors), de universidades, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Estamos avançando no conhecimento geológico para entender melhor o potencial mineral da província”, explicou Rizzotto.