ARTIGO – COVID-19: Impacto global e organizacional
06/05/20
por Henrique Melillo, Rui Rodrigues e André Chaves – Consultoria Falconi
Leia a seguir introdução do artigo. A íntegra pode ser acessada neste link (em PDF).
Os impactos da pandemia do COVID-19 têm sido relevantes em todo o mundo. Após o seu início na Ásia, o epicentro da doença se moveu para a Europa e consequentemente para os Estados Unidos.
As medidas de restrição, tomadas pelos diversos governos globais, na tentativa de reduzir a sua transmissão levaram a uma desaceleração econômica sem um fim previsível. Após a China ter apresentado uma quebra significativa no seu P.I.B. em Q1, pela primeira vez desde 1992, é esperado que o mesmo ocorra na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, tanto em Q2, como em 2020 como um todo.
Focando no setor de Mineração, ao analisar a evolução dos preços dos metais preciosos desde Dezembro 2019, é possível verificar o impacto negativo do COVID-19, especialmente no alumínio, que depreciou cerca de 16%.
Apesar das expectativas de demanda favoráveis por metais preciosos nos mercados Americano e Chinês para 2020, foi possível verificar uma redução generalizada de preços face à valorização do dólar americano e à redução da produção industrial da China em Q1, à exceção do ouro que é visto como reserva de valor em períodos de crise.
A quebra de 8,4% da produção industrial na China em Q1, foi principalmente justificada pelo pico da pandemia verificado em Janeiro e Fevereiro. Em Março, a quebra de produção foi significativamente inferior (1,1%), verificando-se sinais de retomada. No entanto, alguns setores, como a produção de veículos (-22%), de maquinaria (-5%) ou de plásticos e borracha (-6%) mantiveram quebras de produção significativas em Março. O impacto econômico se estende ao impacto financeiro nas empresas fazendo com que seja necessária uma revisão orçamentária de todas as linhas financeiras de modo a avaliar e mitigar os riscos relacionados a cada uma delas.