Secretária de Mudanças Climáticas do MMA detalha o Plano Clima em live do IBRAM
10/06/24
Os impactos das mudanças climáticas e atuação do Estado na prevenção e adaptação às mudanças climáticas foram apresentados para os associados do Instituto.
O mundo enfrenta uma emergência climática. Como resultado, eventos extremos estão se tornando cada vez mais intensos e frequentes. Conter o aquecimento global, que é responsável pelas alterações nos padrões climáticos do planeta, é uma tarefa que exige a colaboração de todos os países. O governo brasileiro expressará seu esforço nesse sentido por meio do Plano Clima, que apresentará medidas para prevenir e mitigar os danos causados pelas mudanças climáticas.
Essa temática foi destacada pela Secretária de Mudança do Clima da Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni, durante uma live do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O evento virtual, intitulado “Encontro com o Presidente”, teve uma edição especial na semana de celebração do meio ambiente e foi conduzido pelo diretor-presidente do Instituto, Raul Jungmann.
Ana Toni enfatizou o compromisso do governo brasileiro em liderar o esforço global para limitar o aquecimento do planeta a menos de 1,5°C, um marco essencial para evitar a intensificação sem precedentes da crise climática mundial. Ela explicou que o novo Plano Clima será abrangente, com eixos específicos de mitigação e adaptação, cada um com estratégias nacionais e planos setoriais detalhados. Para a mitigação, estão previstos sete eixos, enquanto que para a adaptação são 15, todos com metas claras e mecanismos de implementação. Essa construção está sendo conduzida em colaboração com mais de 20 ministérios e órgãos federais, demonstrando um esforço conjunto e coordenado do governo brasileiro nessa questão vital.
Além disso, Ana Toni ressaltou que um dos principais desafios do Brasil é conciliar o crescimento econômico com a preservação ambiental e a redução das emissões de carbono. Nesse sentido, enfatizou a necessidade premente de um plano de transição energética no país. Ela destacou o papel crucial dos minerais críticos nessa transição, na busca por uma matriz energética mais sustentável e alinhada com as metas ambientais. Ana Toni chamou a atenção para a importância de um debate detalhado sobre as ações necessárias, sua implementação em diferentes regiões do Brasil e as mudanças regulatórias requeridas para viabilizar essa transição. Nesse contexto, ela reconheceu o IBRAM como um parceiro fundamental nesse diálogo, cuja contribuição é essencial para avançar nessa agenda de forma eficaz e inclusiva.
Raul Jungmann encerrou a reunião ressaltando a relevância de discutir essa questão não apenas na indústria mineradora, mas em todos os setores industriais do Brasil. Segundo ele, somente através desse diálogo abrangente podemos garantir um futuro sustentável para a humanidade.