Rio Tinto pretende produzir 5% da oferta mundial de níquel
28/03/07
Grupo inglês quer operar minas nos EUA e IndonésiaClaire Leow e Tan Hwee AnnDa agência BloombergO Rio Tinto Group, a terceira maior mineradora do mundo, prevê que dois projetos de níquel garantirão parcela inicial de 5% da produção mundial, em momento em que a empresa tenta beneficiar-se dos preços, que aumentaram para altas recorde. A empresa, com sede em Londres, planeja operar minas nos Estados Unidos e na região leste da Indonésia, disse ontem Bret Clayton, que dirige a divisão de cobre do Rio Tinto. Clayton também comanda a área de desenvolvimento de níquel do Rio Tinto.As concorrentes Companhia Vale do Rio Doce e BHP Billiton Ltd. não conseguem atender à crescente demanda por níquel por parte da Índia e da China, o que estimula a alta dos preços e os interesses pelas aquisições. A Vale e a BHP tiveram de adiar a implementação de projetos de níquel, e a suíça Xstrata Plc fez na segunda-feira oferta de US$ 4 bilhões pela compra da produtora de níquel LionOre Mining International Ltd.”O Rio Tinto se interessa por níquel há algum tempo, e se voltou para a possibilidade de produzir a um custo mais viável”, disse Tony Robson, analista da Global Mining Research. Mesmo assim, seu ingresso no setor pode levantar grande oposição, uma vez que ele se consolidou com grande hegemonia de quatro concorrentes.A russa GMK Norilsk Nickel, a Vale do Rio Doce, a BHP Billiton, com sede em Melbourne, Austrália, e a suíça Xstrata são as quatro maiores produtoras mundiais de níquel, que é empregado na produção de aço inoxidável.Vemos o níquel como setor atraente para a empresa envolver-se”, disse Clayton, que estava em Cingapura para conferência. Se desenvolvidos, os dois projetos vão proporcionar à empresa de 4% a 5% do setor de níquel, que será uma boa posição de saída a ostentar.O Rio Tinto recebeu em janeiro a aprovação ambiental de Michigan para construir a única mina de níquel primário dos EUA, e prevê que a construção começará no final deste ano. A mineração do projeto de Eagle, de níquel e cobre, poderá começar em 2009.
Jornal do Commércio – RJ