Raul Jungmann destaca a posição estratégica do Brasil na transição energética mundial
10/03/25
O futuro da humanidade depende dos minerais críticos e estratégicos. E, neste cenário, o Brasil tem uma posição estratégica na transição energética e na descarbonização mundial. É o que afirmou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Raul Jungmann, na abertura da Conferência Internacional – Cadeia de Valor de Minerais Estratégicos para Transição Energética e Descarbonização, realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do IBRAM, nesta segunda, 10/3, no Rio de Janeiro (RJ).
Jungmann enfatizou que a principal ameaça enfrentada pela humanidade é a transição energética, necessária para o combate à crise climática. Segundo ele, a mineração se coloca como uma solução crucial para a transição de uma matriz energética baseada em combustíveis fósseis para outra baseada em energias renováveis. “Sem os minerais críticos, não haverá essa transição”, afirmou. Ele destacou ainda que, na geopolítica global, a mineração e os minerais estratégicos desempenham um papel fundamental. “Um dos fatores centrais que moldarão o futuro, não apenas o econômico, mas o futuro da própria humanidade, passa pela mineração e pelos minerais críticos e estratégicos”, disse.
O Brasil, segundo o diretor-presidente do IBRAM, desempenha um papel-chave nessa transição energética. No entanto, ele alertou para quatro desafios a serem enfrentados. O primeiro é o desconhecimento do potencial minerário do território brasileiro, apesar dos esforços do Serviço Geológico do Brasil (SGB). O segundo diz respeito aos aspectos regulatórios da mineração no país. O terceiro desafio envolve o financiamento e o crédito para o setor. Por fim, o quarto é a necessidade de uma política nacional voltada para expandir a produção dos minerais críticos.
“Precisamos de uma direção clara. É urgente estabelecer uma política nacional para minerais críticos que identifique quais dos nossos recursos podem ser industrializados e inseridos na cadeia produtiva, com mercado garantido. Investir em algo que não tenha potencial para gerar uma cadeia de valor não faz sentido”, avaliou Jungmann.
A mesa de abertura da Conferência contou também com o diretor do BNDES, José Luis Gordon, e com o presidente do Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera. O evento acontecerá até amanhã, 11/3, com transmissão online no Canal Youtube do BNDES https://www.youtube.com/results?search_query=bndes.