Governo do Amazonas libera licenciamento para instalação de projeto de potássio
08/04/24
IBRAM participa de solenidade para anúncio da licença ambiental de instalação do projeto de potássio em Autazes (AM)
A concessão da licença ambiental para a instalação do projeto de produção de potássio no município de Autazes (AM) representa um avanço significativo rumo à autossuficiência do Brasil na produção sustentável de fertilizantes. Essa é a análise feita pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) sobre o progresso do projeto da Potássio do Brasil. O anúncio da liberação do licenciamento foi feito nesta segunda-feira (8) pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), durante uma cerimônia realizada em Manaus (AM).
Para Alexandre Mello, diretor de Assuntos Associativos e Mudança do Clima do IBRAM, presente ao evento, essa decisão representa uma grande oportunidade para o país fortalecer a fabricação de um produto essencial para a agricultura. Ele destacou que o Brasil ocupa atualmente a 4ª posição mundial de consumo de fertilizantes. O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais, representando 38% do consumo total, seguido pelo fósforo, com 33%, e o nitrogênio, com 29%. Juntos, esses elementos formam a sigla NPK, amplamente utilizada no meio rural.
“O início deste novo projeto em Autazes vai contribuir significativamente para reduzir a dependência externa de fertilizantes do país”, afirmou. Somente em relação ao potássio, em 2023 o Brasil importou 13,7 milhões de toneladas ao custo de US$ 5,1 bilhões. O potássio respondeu por 46% das importações de minérios.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, enfatizou a importância desse projeto da Potássio Brasil para a economia nacional e ao progresso social das comunidades locais. Ele ressaltou a necessidade de garantir a segurança alimentar por meio da produção de agrominerais no Brasil. Clique aqui para assistir ao vídeo.
O Projeto Potássio Autazes tem investimento de R$ 13 bilhões e será capaz de suprir, nos próximos 23 anos, cerca de 20% do potássio que o Brasil necessita anualmente. A Potássio do Brasil vai gerar cerca de 2.600 vagas de emprego diretos na fase de implantação e diversos indiretos. Já na fase de operação serão criados 1.300 postos de trabalho diretos e cerca de 17 mil indiretos.