16/10/07

Estado responde por mais da metade das vendas de todo o Nordeste
As exportações baianas ultrapassaram a marca dos US$5,2 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano, respondendo por mais da metade do volume registrado em toda a região Nordeste (US$9,38 bilhões). O montante é também 4,7% maior que o apurado no mesmo período de 2006. As importações chegaram a US$4,2 bilhões, 24% a mais que no ano anterior. Já no mês de setembro, as vendas do estado para fora do país somaram US$597,5 milhões, enquanto as importações alcançaram US$623,9 milhões, resultando num déficit de US$26,4 milhões. Os dados foram divulgados ontem, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. De acordo com o Promo ? Centro Internacional de Negócios da Bahia, o forte ritmo de crescimento das importações baianas foi determinado pela conjuntura cambial favorável e pelo crescimento da economia, atingindo todas as categorias de produtos, com maior intensidade para os bens de capital, com aumento de 56,3%. Em relação às exportações, o que vem garantindo seu crescimento é a elevação dos preços dos produtos, seja devido à alta na cotação das commodities ou aos reajustes promovidos pelas empresas baianas aos seus produtos, que subiram, em média, 11% até setembro. Esse resultado reflete uma tendência dos últimos anos de alta dos preços, que subiram 27% em 2006 e 8% em 2005. De janeiro a setembro, os principais produtos importados foram o minério de cobre, com US$868,9 milhões; a nafta para a petroquímica, com US$614,6 milhões; e os automóveis, com US$414,7 milhões. A Bahia comprou de países como Chile, Argentina, EUA e China. Entre os produtos exportados, destacam-se petroquímicos, com US$1,2 bilhão; papel e celulose, com US$604,2 milhões; pneus, com US$161,3 milhões; soja e derivados, com US$296,4 milhões; algodão, com US$84,7 milhões; e produtos metalúrgicos, com US$791,5 milhões. Os EUA, com aproximadamente 20% de participação na pauta de exportações da Bahia, continua sendo o maior mercado comprador dos produtos baianos, com crescimento no período de 10%. A Argentina é o segundo, com 12%, seguida dos Países Baixos, com 9,6%, e a China, com 7,7%. A União Européia é o principal bloco econômico, com 30,6% de participação nas vendas externas do estado.

Correio da Bahia