Especialistas debatem arquitetura paisagística na mineração, durante o CBMINA
28/08/25

A arquitetura paisagística pode desempenhar um papel muito mais amplo do que a simples recuperação de áreas mineradas, abrangendo desde a restauração ecológica até aspectos sociais e econômicos. Esse foi o foco do painel “Arquitetura paisagística: as diversas possibilidades na restauração de áreas mineradas e os benefícios para o setor”, realizado nesta quarta-feira (27), no 12º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA), em Ouro Preto (MG).
O debate reuniu especialistas que apresentaram exemplos de intervenções bem-sucedidas em áreas mineradas e destacaram o potencial da arquitetura paisagística para ampliar práticas sustentáveis, especialmente no planejamento e implementação de planos de fechamento de minas. Participaram do painel a gerente de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Aline Nunes; a gerente de Recuperação de Áreas de Mineração da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Patricia Rocha Maciel Fernandes; e o sócio da Sergio Santana Planejamento e Desenho de Paisagem, Sérgio Santana.
Segundo Aline Nunes, o tema do fechamento de mina e o uso futuro das áreas continua em amadurecimento no Brasil, já que grande parte das operações segue em atividade ou em fase de desenvolvimento. “Em termos de setor, o uso futuro das áreas e o impacto visual positivo no processo de fechamento de mina são inegáveis”, destacou.
Patricia Rocha Maciel Fernandes lembrou que, apenas em Minas Gerais, há atualmente 121 minas em processo de fechamento e que esse trabalho vai além das medidas técnicas de estabilidade e monitoramento ambiental. “Nós temos esse olhar da transição econômica, do valor agregado que o território tem para novos usos. A norma garante que a recuperação da paisagem ocorra de maneira planejada, monitorada e responsável. A interdisciplinaridade exigida favorece a atuação, permitindo que não apenas a conversação ambiental seja buscada, mas também para a compatibilização das ações de recomposição ecológica e a implementação de novos usos possíveis da paisagem”.
Para Sergio Santana, a mineração é um catalisador para o desenvolvimento econômico, que prepara o terreno para um futuro uso. “A mineração é a fase um, dentre várias, no uso de um terreno. A atividade mineral deveria ser pensada dessa maneira. Nós estamos modificando o meio ambiente de uma maneira economicamente viável, socialmente e ambientalmente responsável e no fim das contas o resultado é uma harmonização entre economia, meio ambiente e futuro”, ressaltou.
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12º CBMINA: realização e patrocinadores
O 12º CBMINA é organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e o Departamento de Engenharia de Minas da UFMG (DEMIN-UFMG). O evento conta com o patrocínio diamante da Samarco e patrocínio bronze da AngloGold Ashanti, Atlantic Nickel, GEOSEDNA, AVA, Enaex Brasil, Lundin Mining e Rocscience. O apoio institucional é da Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Mining Hub e Women in Mining Brasil (WIM Brasil).
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18/11/25