27/08/25

O avanço tecnológico e os desafios de segurança no desmonte de rochas marcaram o painel “Tecnologia e Segurança: Inovações no Desmonte de Rochas”, realizado nesta terça-feira (26) durante o 12º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA), em Ouro Preto (MG). O desmonte de rochas é uma etapa essencial na cadeia produtiva da mineração, influenciando desde o desempenho das fases seguintes até a segurança das comunidades. 

O debate reuniu pesquisadores e executivos de empresas do setor mineral para discutir soluções que impactam diretamente a produtividade, os custos operacionais e a sustentabilidade das operações. Participaram Carlos Enrique Arroyo Ortiz, pesquisador; Francisco Jimenéz, gerente geral da Orica Brasil; José Silvio Corsini, gerente de Assistência Técnica na Enaex e líder global do EMTS; e Marcell Silveira, gerente de Otimização de Recursos Minerais – LATAM da Hexagon.

Abrindo o painel, Carlos Enrique Arroyo Ortiz ressaltou a relevância estratégica do desmonte de rochas para todo o setor mineral. “Nos últimos anos, essa atividade passou por uma evolução expressiva, impulsionada principalmente pelos avanços tecnológicos que permitem maior controle, precisão e segurança”.

Para José Silvio Corsini, a tecnologia é uma aliada fundamental no planejamento da perfuração e do desmonte, além de ampliar a capacidade de monitoramento. “Temos trabalhado com ferramentas de última geração em topografia, como drones e softwares avançados, que proporcionam previsibilidade e segurança a todo o processo”, avaliou.

Os palestrantes também discutiram como a inovação pode beneficiar a pequena mineração. Segundo Francisco Jimenéz, é preciso democratizar o acesso às tecnologias. “Inovar é caro. Empresas inovadoras como as nossas, geralmente, financiam o desenvolvimento inicial. Depois, temos a responsabilidade de adaptar e expandir essas soluções para diferentes perfis de clientes, incluindo a pequena mineração e pedreiras, que enfrentam desafios ainda maiores por estarem próximas às comunidades”, disse. 

Já Marcell Silveira destacou o desafio do intercâmbio internacional de tecnologias. “Além de inovar, é necessário adaptar ao nosso contexto técnico-operacional, conciliando diferentes idiomas, realidades e níveis de conhecimento. Esse processo exige ajustes, mas a tecnologia tem encurtado distâncias e facilitado a comunicação”, ressaltou. 

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12º CBMINA: realização e patrocinadores

O 12º CBMINA é organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e o Departamento de Engenharia de Minas da UFMG (DEMIN-UFMG).

O evento conta com o patrocínio diamante da Samarco e patrocínio bronze da AngloGold Ashanti, Atlantic Nickel, GEOSEDNA, AVA, Enaex Brasil, Lundin Mining e Rocscience. Apoio institucional: Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem), Mining Hub e Women in Mining Brasil (WIM Brasil).