16/08/07

As bolsas européias operam no vermelho, na esteira das perdas das bolsas asiáticas e norte-americanas, com o aumento das preocupações de que o avanço da crise de crédito global poderá afetar o crescimento econômico e os lucros corporativos. As bolsas acentuaram as baixas após a disparada do iene, acionada pela especulação de que o Banco do Japão poderá elevar os juros na semana que vem. O setor financeiro foi novamente o mais afetado. Às 8h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 3,59%, a de Paris perdia 3,14%% e a de Frankfurt recuava 2,59%. As ações do Société General, caíram 2,5%, as do BNP Paribas recuaram 3%, as do Deutsche Bank cederam 2,7% e as do AXA perderam 2,4%. “Neste ponto, ninguém consegue dizer quando a turbulência vai terminar”, afirmaram estrategistas do Nordea Bank. “Os mercados ainda não superaram as preocupações com o crédito, os negócios em portos seguros e a contínua fuga para a qualidade através dos títulos dos governos”, afirmou o economista-chefe do Bear Stearns, David Brown.
As tensões nos mercados financeiros globais acentuaram-se ontem depois que o Merrill Lynch rebaixou sua recomendação para as ações da Countrywide Financial de “compra” para “venda” e o Dow Jones fechou em baixa de 1,28%. O nervosismo espalhou-se para a Ásia, onde a maioria dos mercados financeiros encerrou em forte baixa, com destaque para a queda de 2% da Bolsa de Tóquio. Outro setor fortemente atingido foi o de mineração. Em Londres, a Anglo American perdeu 4,9% e Rio Tinto recuou 4,4%. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado