Minas apura superávit de US$ 20,973 bi até setembro
20/10/11
Minério segue liderando a pauta.
A alta no preço das commodities minerais e agrícolas – base da economia mineira – favoreceu a receita de exportação do Estado e manteve positiva sua balança comercial nos nove primeiros meses deste ano. O superávit até o final de setembro estava em US$ 20,973 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
O minério de ferro, principal item da pauta exportadora mineira, foi responsável por 44,9% dos embarques estaduais entre janeiro e setembro. No período, houve um incremento de 54,5% na receita da commodity vendida ao exterior na comparação com igual intervalo de 2010. Já em volume, foram exportados 1,67% a mais de minério neste ano.
Os embarques do insumo siderúrgico somaram US$ 13,602 bilhões entre janeiro e setembro, contra US$ 8,801 bilhões no mesmo período do exercício passado. Em quantidade, foram vendidas 117,9 milhões de toneladas ante 116 milhões em 2010, na mesma base de comparação.
Já a receita com a comercialização de café, segundo item mais importante da pauta estadual, com 12,17% de participação, cresceu 50,38% nos nove primeiros meses deste ano frente a 2010, passando de US$ 2,647 bilhões para U$ 3,981 bilhões. Por outro lado, as remessas do grão para o exterior caíram 10,6% neste ano em comparação com o mesmo intervalo de 2010.
O terceiro produto mais expressivo continuou sendo, em setembro, o ferro-nióbio. Os embarques da liga no período alcançaram 50 mil toneladas ante 45,6 mil toneladas em igual mês de 2010, um crescimento de 9,64%. Já o valor arrecadado com as exportações subiu 24,9% na mesma base de comparação, passando de US$ 1,047 bilhão para US$ 1,3 bilhão.
Entre as principais empresas exportadoras de Minas, a Vale S/A manteve a liderança no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, com participação de 40,64% e remessas de US$ 12,301 bilhões. Os embarques da mineradora cresceram, em valor, 52,3% na comparação com os realizados no mesmo intervalo de 2010.
Em segundo lugar aparece a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), com 4,79% e giro financeiro de US$ 1,449 bilhão, seguida pela Fiat Automóveis S/A (Fiasa), com 3,86%, e a Gerdau Açominas (3,77%).
Importação – Quanto às importações, a hulha betuminosa ficou em primeiro lugar no ranking mineiro. De janeiro a setembro, os desembarques do insumo utilizado como combustível na siderurgia somaram 3,934 milhões de toneladas, 3,5% a mais do que o volume registrado no mesmo período do ano passado (3,8 milhões de toneladas).
O produto, que é comercialmente conhecido como coque, demandou US$ 850,3 milhões em compras estaduais nos oito primeiros meses deste ano, 42,3% a mais do que no mesmo período de 2010 (US$ 597,4 milhões). A participação do insumo nas importações mineiras do intervalo foi de 9,15%.
Os automóveis com motor até mil cilindradas representaram 4,78% das importações mineiras entre janeiro e setembro e foram o segundo item mais importado pelo Estado no período. Porém, em função do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados, a receita dos embarques caiu, passando de US$ 460 milhões em 2010 para US$ 444 milhões em 2011, queda 3,32%.
Os principais importadores do Estado foram a Fiat, com fatia de 12%, Iveco Latin America (6,1%), Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas), com 5,6%, Mercedes-Benz do Brasil (5,3%) e Gerdau Açominas, com 4,72% de participação.
Diário do Comércio